Sudene amplia acesso das cooperativas do Rio Grande do Norte a novos instrumentos de desenvolvimento

Natal (RN) – Chegar ao pequeno produtor oferecendo novas possibilidades de apoio técnico e financeiro foi o principal objetivo do encontro promovido pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste nesta quinta-feira (10) em Natal junto a representante de 33 cooperativas potiguares. O evento ocorrido na capital potiguar nesta quinta-feira (10), em parceria com a Organização das Cooperativas do Estado do RN (OCERN), também contou com a presença do Banco do Nordeste.

“A cooperativa é o principal elo entre o produtor e a Sudene. A nossa estratégia maior é estarmos juntos sermos mais fortes”, defendeu o superintendente da autarquia, general Araújo Lima. O gestor destacou a chegada das águas do Rio São Francisco ao Rio Grande do Norte como uma das grandes oportunidades para mobilizar novos projetos e integrar as cooperativas a este novo contexto.

Araújo Lima também apresentou um conjunto de novas estratégias para estruturar a atuação da Sudene para identificar oportunidades de investimentos e minimizar as disparidades sociais na área de atuação da autarquia. A superintendência passou a organizar suas atividades com foco na interiorização de ações; aproximação com municípios e agentes; aperfeiçoamento do controle; integração de ações e, por fim, no emprego de recursos locais. Cada uma destas frentes de trabalho, mobilizadas através de câmaras temáticas, contempla ações próprias e busca dar mais assistência para as localidades mais necessitadas, facilitar o acompanhamento da aplicação de recursos e estimular contrapartidas sociais dos projetos a serem instalados no território sob influência da autarquia.

O superintendente da Sudene também destacou a mobilização para fortalecer a presença da autarquia junto aos municípios mais necessitados. Na avaliação do general, a atuação das cooperativas nesta aproximação é fundamental para aumentar a capilaridade das ações da Sudene. “É o que chamamos de projeto federativo. Vamos formar uma força tarefa com as cooperativas, Banco do Nordeste e outras instituições para elaborar um diagnóstico junto aos municípios mais carentes. Assim, podemos identificar oportunidades de melhoria e apoio a estes locais e, assim, diminuir as disparidades em relação aqueles mais desenvolvidos”, explicou Araújo Lima.

Aproximação histórica

“Hoje é um dia importante para o cooperativismo do Rio Grande do Norte. Pela primeira vez em 60 anos de existência da Sudene, temos a oportunidade para que cooperativas apresentem e debatam projetos e ações necessárias para suas atividades. Temos a certeza de que a Sudene é a maior estrutura econômica, política e social do Nordeste e pode somar e apoiar os projetos das cooperativas em benefício de todos”, avaliou o presidente da OCERN, Roberto Coelho da Silva.

Roberto Coelho propôs, entre outras medidas, a criação de uma central de elaboração de estudos, execução, prestação de contas e acompanhamento de projetos. As atividades seriam conduzidas pela OCERN. O presidente também sugeriu utilizar a rede de cooperativas para atuar na retomada e revitalização de projetos paralisados ou em situação de fragilidade. A ideia é construir uma carteira de projetos em sintonia com a atuação econômica e social das entidades que representam os produtores organizados.

O Banco do Nordeste esteve representado pelo gerente executivo no Rio Grande do Norte, Irrailson Ferreira, que apresentou linhas de crédito com taxas competitivas (0,85% ao mês para crédito de longo prazo e 0,95% a.m. para capital de giro) que podem ser acessadas pelas cooperativas. A programação do evento deu oportunidade para que as cooperativas apresentassem projetos e os principais desafios para ampliar sua atividade.

Consultoria

Seguindo a mesma dinâmica adotada no encontro de representantes estaduais das cooperativas do Nordeste realizado em Recife, a autarquia promoveu grupos de trabalho reunindo técnicos da autarquia e as entidades presentes. Nesta etapa, os servidores apresentaram o funcionamento dos principais instrumentos de apoio da Sudene aos setores produtivos regionais. Foram destacados os processos para obtenção das linhas de financiamento dos Fundos Constitucional e de Desenvolvimento do Nordeste (FNE e FDNE, respectivamente), além dos incentivos fiscais.

Na ocasião, a equipe da autarquia também registrou as principais dificuldades apresentadas pelas cooperativas para ampliar sua atuação.

Técnicos da Sudene prestaram consultoria aos empreendedores das cooperativas. Foto: Agnelo Câmara (Ascom / Sudene)

Por Agnelo Câmara