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Regionalização de dados favorece aproximação das políticas públicas à realidade do cidadão nordestino
Foto: Elvis Aleluia (Ascom/Sudene)
Recife (PE) - Com o lançamento da Casa Brasil IBGE Sudene, o desenho de novas políticas de desenvolvimento regional passa a contar com uma análise cada vez mais próxima da realidade do cidadão residente no Nordeste. Este foi o tom das mesas temáticas que sucederam o lançamento da Casa Brasil IBGE Sudene, realizado nesta segunda-feira (25) na sede da autarquia. Os encontros reuniram agentes públicos e especialistas das áreas como estatística, geografia e gestão pública, movimentando o ambiente técnico de debates sobre a importância da integração de dados e análises de situação dos cenários social e econômico do Nordeste.
“É importante destacar o futuro que virá a partir da parceria com o IBGE. São várias iniciativas focadas na capacitação municipal, na criação de um observatório de dados do Nordeste e na avaliação de políticas públicas”, adiantou o economista da Sudene José Farias, que conduziu a mesa “Importância da Casa Brasil IBGE Sudene para o desempenho das funções das instituições”. Uma das ações destacadas é a oferta de trilhas de aprendizagem em temáticas estratégicas, incluindo ciência de dados; planejamento municipal; e estatística, território e políticas públicas. Os treinamentos serão oferecidos para agentes públicos, estudantes, jornalistas, integrantes de movimentos sociais e professores.
A inovação na produção de conhecimento foi uma das ações estratégicas defendidas pelo coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, Paulo Januzzi. Na visão do especialista, esta dinâmica favorece um ambiente de informações mais integradas, viabilizando a construção de medidas mais efetivas para a proteção social e soberania nacional. “O país precisa de instituições de planejamento, pesquisa e desenho de políticas de desenvolvimento, com dados mais tempestivos, registros administrativos de boa qualidade, usando big data, inteligência artificial, com um escopo temático cada vez mais amplo. A estatística importa e não importuna”, enfatizou Januzzi.
Na mesa seguinte, experiências exitosas na tomada de decisão pela administração pública foram apresentadas ao público. “Compartilhar evidências e boas práticas é fundamental para que possamos acelerar este processo de forma contínua. A educação no Ceará é um exemplo porque atingiu indicadores de países de renda média. Prova muito clara de que, apesar das limitações, trabalhar com evidências para trabalhar políticas públicas e fortalecer institutos consegue gerar resultados relevantes”, exemplificou o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Planejamento (Conseplan), Fabrício Marques.
Coordenadora-geral de Articulação e Integração do Planejamento Territorial do Ministério do Planejamento, Dorotea Blos trouxe a experiência de regionalização dos programas do Plano Plurianual como resultado da preocupação do Governo Federal em tornar a ação do Estado cada vez mais próxima do cidadão. “No momento da definição de questões de metodologia e agendas estratégicas, um dos pilares trazidos pelo Plano Plurianual é a sua visão territorial. Nos planos regionais de desenvolvimento da Sudene, Sudam e Sudeco, já observamos uma sinergia muito grande com o PPA. Vemos a importância da articulação destes planos com o Governo Federal”, comentou.
A programação foi complementada com as experiências do Observatório da Caatinga, apresentada pelo coordenador da iniciativa e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), John Cunha; e do portal de geoinformações da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, destacado pelo diretor-geral do projeto, José Acácio Ferreira.
Texto: Agnelo Câmara, com colaboração de Francisco Mota • Sudene • Mais informações: ascom@sudene.gov.br | (81) 2102.2102