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Rede Palma reúne especialistas na Sudene
Fotos: Ascom/Sudene
O encontro foi na sede da Sudene, em Recife, e teve início com uma apresentação do pesquisador Alberto Suassuna sobre “Palma Forrageira como ativo estratégico para o desenvolvimento do semiárido brasileiro”, trazendo informações sobre as principais características da região, incluindo condições fundiárias e climáticas; extensão territorial; populações urbanas e rural. Segundo o pesquisador, menos de 5% dos 98 milhões de hectares do semiárido são áreas irrigáveis, o que torna a palma uma opção importante para a alimentação animal.
Ele afirma que esse tipo de cultura tem uma boa capacidade de captar e armazenar água, sendo resistente à semiaridez ambiental, além de possuir uma quantidade elevada de sais minerais em sua composição química. Suassuna propõe o cultivo adensado da palma forrageira, potencializando o volume produzido e adicionando, posteriormente, por processo biotecnológico, valor nutritivo/proteico ao alimento que será destinado aos animais.
O superintendente da Sudene, Marcelo Neves, enfatizou que nos últimos anos de seca, a palma foi importante para a segurança alimentar dos rebanhos e pode ser “um vetor de desenvolvimento econômico do semiárido”. O gestor afirma que a Rede vai proporcionar o aprofundamento de questões sobre controle biológico, mecanização, linhas de financiamento e as diversas formas de utilização do vegetal, inclusive na culinária. O evento de hoje contou uma degustação de pratos regionais que utilizam a palma como ingrediente, a exemplo do bolo de rolo com brigadeiro de palma.
Bolo de rolo com brigadeiro de palma
Como uma das propostas do encontro é identificar as atuações e aptidões dos parceiros para propor o desenho da estrutura da Rede Palma, o evento contou com uma apresentação sobre “Inovação em Rede”, com a participação do professor Gilson Teixeira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que possui ampla experiência em gestão empresarial e TI. Ele fez uma explanação sobre o que deve ser levado em consideração na formação e manutenção de uma Rede, destacando cinco pontos essenciais para a criação (reconhecimento, conhecimento, colaboração, cooperação e associação entre os integrantes); orientação conceitual (vertical ou horizontal; formal ou informal); modelo de governança; monitoramento dos resultados. Para Gilson, a inovação é fundamental nesse processo.
Em um segundo momento, as instituições trocaram experiências e expectativas, entre elas o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Emparn); Embrapa Semiárido, Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (PB), Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Universidades Federal e Rural de Pernambuco (UFPE e UFRPE), IBGE, Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Ministério da Agricultura, Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Gastrotinga, palmas para o Sertão, Laboremos e Centro de tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).
Saiba mais
A criação da Rede Palma foi proposta pela Sudene, com o objetivo de aproximar segmentos envolvidos nos processos produtivos relativos à palma forrageira, fomentando o diálogo entre as instituições de desenvolvimento regional, universidades, pesquisadores e membros da iniciativa privada, para analisar cenários, propor ações e consolidar as potencialidades da palma no semiárido brasileiro.
A palma vem sendo apontada como uma alternativa para a alimentação animal nos períodos de estiagem. O engenheiro agrônomo da Sudene, Aildo Oliveira, defende que a pecuária “tem condições de representar o eixo principal dos sistemas de produção familiar no semiárido, desde que se estruture um suporte alimentar que garanta reservas para o período seco”. Entre as justificativas apontadas pela Sudene para a criação da Rede Palma está o fato de que mesmo a palma forrageira sendo reconhecida como estratégica para a produção pecuária no Semiárido, muitos desafios e gargalos ainda precisam ser superados para alavancar a produção.
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