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Rede Palma debate soluções para o semiárido
A Sudene deu mais um passo para o fortalecimento das atividades econômicas do semiárido. A II Reunião Técnica da Rede Palma apresentou ontem (25/09) projetos que apontam o vegetal como alternativa viável à sobrevivência das cadeias produtivas da região durante os períodos de estiagem. O encontro ocorreu na sede da superintendência no Recife e contou com a presença de diversas instituições de fomento ao desenvolvimento regional.
Idealizada pela Sudene, a rede busca oferecer apoio técnico e possibilitar o intercâmbio de informações entre agentes públicos e privados que atuam com pesquisas e experimentos agrícolas que utilizam a palma. Na avaliação dos técnicos da instituição federal, as características fisiológicas da palma, associadas ao seu bom valor nutritivo e resistência a longos períodos de déficit hídrico, contribuem de forma decisiva para a alimentação animal. A alta capacidade de retenção de água pelo vegetal também é alternativa para o suprimento deste líquido para os rebanhos. Outras atividades econômicas também são possíveis a partir do uso do vegetal, conforme a nota técnica publicada pela superintendência.
E foi justamente considerando a necessidade de identificar quais as melhores condições de plantio do vegetal que a primeira exposição do evento de ontem detalhou a metodologia proposta para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) da palma forrageira. Pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Empresa (Embrapa), unidade Semiárido, explicaram que o levantamento mapeou os municípios que possuem aptidão climática para o cultivo do vegetal, indicando os períodos mais favoráveis para o plantio. Os técnicos presentes no evento foram divididos em grupos por estado e ficaram responsáveis pela validação dos dados. Os participantes devem apresentar as conclusões em até uma semana.
Pesquisas
Durante a reunião, foram apresentados os dois projetos escolhidos pela Sudene durante seleção técnica realizada pela autarquia em maio deste ano. As iniciativas buscam estabelecer sistemas de produção para a palma forrageira, com foco na qualidade nutricional, manejos hídrico (sequeiro e irrigado) e fitossanitário (pragas e doenças), colheita e pós-colheita e melhoramento genético. Os investimentos somam mais de R$ 509 mil.
O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) vai desenvolver sistemas de cultivos com ênfase nas adubações orgânica e mineral, densidade populacional e irrigação complementar para o aumento da capacidade produtiva da palma forrageira. De acordo com o plano de trabalho, a instituição vai implantar seis experimentos de campo nos municípios pernambucanos de Arcoverde, Ibimirim e São Bento do Una. Será avaliado o crescimento de variedades de palma forrageira sob complementação hídrica.
Já a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) tem o desafio de intensificar a pesquisa para ampliar o plantio e distribuição da palma no semiárido mineiro. Para tanto, o projeto vai produzir estudos sobre fertilidade dos solos para o cultivo do vegetal, fazer a multiplicação in vitro da palma, observar do desenvolvimento das plantas e buscar alternativas para o controle de pragas. Na fase seguinte, a equipe técnica irá submeter os cultivos a diferentes níveis de déficit hídrico para, ao final, estabelecer uma rede de distribuição das produções e da tecnologia utilizada.
Os resultados dos projetos devem ser apresentados em três anos.
O Ministério da Integração Nacional e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA) complementam a programação com o projeto Repalma. A iniciativa prevê a criação de uma rede de multiplicação e distribuição de palma forrageira, com qualidade genética e fitossanitária. O objetivo é oferecer aos produtores uma alternativa para forragem de rebanhos caprinos, ovinos e bovinos nos períodos de maior estresse hídrico.
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