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Plantas da Caatinga podem ser uma arma contra o Aedes Aegypti
Fotos: Ascom (Sudene)
Márcia Vanusa, que é chefe do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Pernambuco, destacou os principais pontos do projeto “Inventário de Plantas Medicinais Nativas da Caatinga”, no PARNA do Catimbau e no Refúgio Tatu Bola, que conta com a parceria da Sudene, através da Diretoria de Planejamento e Articulação de Políticas (DPLAN). A ideia do projeto é identificar rotas de plantas medicinais, resgatando e valorizando os “saberes tradicionais” das comunidades e associando-os ao conhecimento científico, proporcionando o desenvolvimento local, geração de renda e a descoberta de novos medicamentos.
Estão sendo realizados testes para a utilização do óleo essencial de plantas da Caatinga como composto a ser adicionado em repelentes. Márcia falou, ainda, sobre os bioinseticidas, que são “biodegradáveis e têm efeito colateral mínimo sobre organismos não-alvo, bem como sobre o ambiente”. O levantamento das plantas para fins terapêuticos conta com espécies que podem ser utilizadas no combate a infecções, dores, gripes, diabetes, anemia, gastrite, reumatismo e diversas outras patologias. Estão sendo realizados, inclusive, testes antitumorais.
PROJETO
A elaboração do projeto foi baseada no uso sustentável da biodiversidade brasileira; Valorização e preservação do conhecimento tradicional das comunidades e povos tradicionais; Fortalecimento da agricultura familiar; Crescimento com geração de emprego e renda, redutor das desigualdades regionais; Desenvolvimento tecnológico e industrial; Inclusão social e redução das desigualdades sociais; Participação popular e controle social; Fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos locais.
Outro ponto considerado de extrema importância é o alerta que o projeto faz para a necessidade de preservação do bioma Caatinga, fornecendo argumentos para a criação de novas Unidades de Conservação na região semiárida.
De acordo com informações das Coordenações de Promoção do Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente e de Estudos e Pesquisas de Desenvolvimento/DPLAN, que estão à frente da parceria com a UFPE, “o projeto irá trabalhar diretamente com as populações tradicionais das duas Unidades de Conservação (Vale do Catimbau e Refúgio da Vida Silvestre Tatu Bola) em um total de 2.500 pessoas, sendo 1.500 no Vale do Catimbau e 1.000 no Tatu Bola. No entanto, o número de beneficiários do projeto indiretamente é incalculável, visto que ao identificar o potencial medicinal de várias plantas da caatinga, toda a população será beneficiada pelo desenvolvimento e uso de medicamentos a partir destas plantas”.
A parceria é viabilizada através de Termo de Execução Descentralizada (TED) e os recursos para custeio do projeto totalizam R$ 750 mil. Os diretores de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais e de Atração de Investimentos, Ricardo Barros, e de Administração, Eugênio Pacelli, prestigiaram a palestra proferida por Márcia Vanusa. Ricardo estava representando o superintendente João Paulo e enfatizou a importância do projeto e o interesse da Sudene em continuar apoiando. Ele defendeu o envolvimento de diversas áreas governamentais para fortalecer as ações desenvolvidas pelo projeto.