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Paes Landim defende Desenvolvimento do Nordeste

O superintendente da Sudene apontou a necessidade de crescer pelo menos 2,5% acima do crescimento nacional durante 20 anos.

Publicado em 13/09/2012 18h20 Atualizado em 01/11/2022 07h51

Imagem do superintendente da Sudene Paes Landim. "É necessário que o Nordeste cresça 2,5% acima do PIB nacional, durante 20 anos, para obter a confluência de estágios de desenvolvimento", afirmou ontem o Superintendente da Sudene, Paes Landim, no Fórum de Debates Brasiliana.org. O Nordeste e a Nova Economia, promovido pela Agência Dinheiro Vivo, em São Paulo, e conduzido pelo jornalista Luiz Nassif.

Diante de um auditório composto por dirigentes públicos ligados ao desenvolvimento do Nordeste, o superintendente analisou o "paradoxo" do crescimento regional nos últimos anos, acima da média nacional, em comparação ao "tímido crescimento de 1,5% em 10 anos da participação relativa do PIB Nordeste no PIB nacional".

Como solução para quebrar essa inércia Paes Landim apontou a necessidade de crescer pelo menos 2,5% acima do crescimento nacional durante 20 anos. Observando que "o saudosismo não nos interessa", ao se referir ao tempo em que a SUDENE convergia o mais amplo apoio para cumprir com seu papel de "referência desenvolvimentista", situou seu desafio à frente do órgão: "atuar para alinhar as ações dos diversos atores do desenvolvimento regional". Paes Landim definiu a SUDENE como "agente para potencializar ações que fortaleçam a competitividade da região, buscando a retomada da discussão do desenvolvimento regional através das Conferências Nacional, Regional e Estadual, dentro de uma perspectiva mais pragmática, de antecipação de agendas concretas".

Como exemplos de agendas pragmáticas de intervenção, citou a "financeirização" do FDNE, a Ferrovia Trasnordestina, a integração das bacias do Rio São Francisco, os projetos estruturantes em discussão na SUDENE como a malha aérea da aviação regional, o gasoduto, a infraestrutura férrea,entre outros. Ao referir-se ao discurso da presidente Dilma Rousseff do último 7 de setembro, como paradigma dessas intervenções, no sentido da competitividade da região, Paes Landim classificou o que para ele significa o grande desafio: "Elevar a política de desenvolvimento regional como política de Estado, ao invés de política de governo. O desenvolvimento do Nordeste deve ser a expressão regional de uma causa nacional, pois não haverá um Brasil rico com um Nordeste pobre, assim como não haverá um Nordeste progressista com um semiárido em regime semifeudal", finalizou.

Leonardo Mota Neto