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Oficina discute estratégias de desenvolvimento regional com base nos arranjos produtivos locais

Os debates trouxeram olhares sobre as políticas de inclusão socioprodutivas compreendidas a partir da metodologia de Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Publicado em 30/04/2015 13h52 Atualizado em 01/11/2022 08h00

Reunindo pesquisa, atuação governamental e a participação de agentes públicos, a Sudene realizou, nesta quinta-feira (30), a Oficina Rotas da Integração Nacional: Macrorregional Nordeste, que discutiu estratégias de desenvolvimento regional/local pelos estados que compõem a macrorregião Nordeste. Os debates trouxeram olhares sobre as políticas de inclusão socioprodutivas compreendidas a partir da metodologia de Arranjos Produtivos Locais (APLs). A ideia foi trazer à tona novas discussões sobre o tema, para ensejar novos desenhos e fortalecer cadeias e arranjos produtivos locais, articulando-os a investimentos estruturadores nas regiões de menor dinamismo econômico e social.

Durante os momentos iniciais do evento, o diretor de planejamento e articulação de políticas da Sudene, Sérgio Alencar, destacou a iniciativa como marcante para reforçar o papel da Sudene como protagonista no planejamento do desenvolvimento regional do Nordeste. Citando Celso Furtado, Alencar lembrou que “o desenvolvimento diz respeito às metas da vida. E que só há desenvolvimento quando o homem se desenvolver”.

Contribuindo com olhares acadêmicos sobre o tema da oficina, os professores Doutores José Eduardo Cassiolato e Lúcia Góes Moutinho discorreram sobre a necessidade de aproximar os interesses dos estados e municípios no sentido de um projeto de desenvolvimento regional. Como pesquisadora associada da RedeSist, que desenvolve pesquisas interdisciplinares sobre sistemas e arranjos produtivos e inovativos, Moutinho destacou a colaboração entre os estados, a coordenação da Sudene no Nordeste e a cooperação entre a autarquia federal e o Ministério da Integração para formar um ambiente completamente favorável a identificação de potencialidades na região. O professor Cassiolato, por sua vez, defendeu que o saber deve ser interiorizado. “Isso gera uma articulação com os arranjos produtivos locais, permitindo sua transformação em elementos fundamentais de geração de riqueza para a região”, analisou o pesquisador.

O Ministério da Integração Nacional esteve representado pelo coordenador-geral de programas sub-regionais da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Vitarque Lucas Paes Coelho. A apresentação do coordenador trouxe detalhes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, destacando seus objetivos. Em seguida, versou sobre o projeto das Rotas de Integração Nacional, abordando seu processo de implementação e os desafios enfrentados durante o percurso do programa. Entre as iniciativas já em execução, Vitarque destacou, entre outras, as Rotas do Cordeiro, em parceria com o Governo da Bahia e a do mel, de ampla abrangência no território nordestino e beneficiando três mil agricultores familiares.

Também integraram a programação da Oficina a apresentações “Rotas do Desenvolvimento no Nordeste: Abordagem de APLs e os Critérios de Seleção”, ministrada pelo Professor Dr. Paulo Cavalcanti Filho (Redesist / UFPB) e uma mesa redonda coordenada pela professora Doutora Helena Lastres, da secretaria de APLs e desenvolvimento regional e local do BNDES. Os debates contaram com a participação de outras instituições que prestigiaram a oficina, como Sebrae, BNB, IPA, Seplag PE/PB e Embrapa.