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Objetivo nacional permanente
Foi publicado no Diário de Pernambuco desta terça-feira (12.11) artigo de autoria do superintendente da Sudene, Luiz Gonzaga Paes Landim, onde ele chama a atenção para a necessidade do "país discutir a questão regional".
Leia o artigo na íntegra:
"O que está sendo delineado no país é a grande integração do complexo metalmecânico, liderado pela indústria automobilística, além dos novos polos petroquímicos que tem um efeito de encadeamento brutal no processo de recrudescimento das desigualdades regionais. Segundo o insuspeito depoimento do professor Clélio Campolina, da UFMG, a reconcentração da produção na macrorregião Centro Sul, ao arrepio da questão regional, é um perigo à economia e às disparidades regionais.
Diante de tal quadro, ganha relevância a necessidade do país discutir a questão regional. O país não pode crescer divorciado da nação, porque, se assim o fizer, todas as instituições correrão sérios riscos.
O Plano Nacional de Desenvolvimento Regional precisa ser elevado à condição de Objetivo Nacional Permanente, dentro de uma visão de Estado e não dos limites temporais de um governo. Para atender às novas exigências do mercado, o Nordeste precisa investir nos fatores locacionais – qualificação de mão de obra, ensino e pesquisa, porque o conhecimento é a grande variável estratégica rumo ao desenvolvimento. É preciso conferir competitividade sistêmica à nossa economia, mediante eixos de integração de transportes, energia e comunicação; é preciso a regionalização dos grandes programas nacionais e que o Nordeste tenha assento na mesa das decisões do planejamento nacional. Tais conquistas passam, necessariamente, pela revitalização da SUDENE e esta só será possível com o respaldo firme dos governadores, parlamentares, empresários, intelectuais, estudantes, trabalhadores e toda a sociedade nordestina. Não podemos permitir que a questão regional, usando a imagem de Carlos Drumond de Andrade, continue em "estado de dicionário". É preciso que ela deixe o reino encantado das palavras para a trepidante concretude do real. Ademais, se é verdade que não há solução para o Brasil sem solução para o Nordeste, não haverá solução para o Nordeste sem solução para o semiárido.
A Califórnia é a 7ª economia do mundo e a sua produção agrícola é centrada nos desertos dos vales dos rios São Joaquim e Sacramento, que emprega 750 mil pessoas em 89 mil propriedades. Israel, menor que Sergipe, se dá o luxo de exportar excedentes. Faltam-nos determinação, rigor e coesão social para aplicar técnicas agrícolas consabidas e postas à disposição do mundo moderno.
O Nordeste espera uma SUDENE revitalizada, assim como as flores do campo aguardam a abelha que as polinizam para o milagre da fecundação."
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