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Inova Mulher: como saber se o meu projeto atende os critérios de inovação do edital? Coordenadora da Sudene tira dúvidas
Recife (PE) - Os projetos submetidos ao programa Inova Mulher devem atentar para os critérios de inovação estabelecidos pelo certame. A necessidade de oferecer propostas em sintonia com esta exigência é uma das condições da etapa de avaliação técnica para a seleção das iniciativas. Por isso, convidamos a coordenadora-geral de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Sudene, Rafaella Arcila Melo, para tirar dúvidas das empreendedoras sobre o assunto.
Vale lembrar que a seleção de projetos recebe propostas até o dia 22 de abril, contemplando iniciativas lideradas por mulheres. As propostas devem ser direcionadas às áreas de economia criativa, bioeconomia e educação. Serão aprovados 51 projetos em todos os estados da área da Sudene, com investimentos de R$ 80 mil para cada um. Confira o edital completo e os formulários necessários.
Confira a entrevista:
- Como o edital Inova Mulher aborda o tema inovação como critério para seleção dos projetos?
Rafaella Arcila Melo: Os projetos apresentados à Sudene para concorrerem ao Inova Mulher precisam contar com alguns critérios de inovação. O edital trata sobre o tema mencionando grau de inovação, o tipo da inovação e as tecnologias a serem utilizadas na proposta.
- O que seriam os graus de inovação que as empreendedoras devem atender?
Rafaella Arcila Melo: Grau de inovação é um conceito que mede a escala na qual uma solução é realmente nova. Esse critério é utilizado para diferenciar se os avanços daquela proposta trazem melhorias ou novas características a um produto/processo ou se, de fato, entregam algo novo e criam novos mercados. Por exemplo: podemos ter uma empresa que pode ser inovadora sem possuir produtos revolucionários, sendo caraterizado por um produto ou processo baseado em uma ideia de melhoria contínua, com aperfeiçoamento.
O grau de inovação pode ser dividido em dois. O primeiro é o tecnológico e ocorre quando se desenvolve ou aperfeiçoa uma tecnologia que possua a função de resolver problemas da empresa ou do mercado. O outro é o geográfico, que se refere à área na qual a ideia terá um impacto, podendo ser interna, quando afeta a empresa, ou externa, quando os impactos ocorrem em diversos níveis, sendo algo novo para uma cidade, um país ou até para o mundo inteiro.
- Você também mencionou os chamados tipos de inovação. O que seria isso?
Rafaella Arcila Melo: Temos três tipos de inovação: a incremental, a radical e a disruptiva. Na inovação incremental, o foco da proposta é criar mudanças graduais e específicas voltadas a sistemas já disponibilizados no mercado, buscando o aperfeiçoamento dos processos, produtos e serviços, por meio de novas atualizações em seus mecanismos. Neste caso, temos uma inovação com efeito em curto prazo, mantendo a empresa em competitividade sem causar tanto impacto.
A inovação radical, por sua vez, apresenta mudanças mais complexas e profundas, trazendo uma nova tecnologia ou novo conhecimento. O foco é apresentar novos produtos para o mercado ou criar modelos de negócio diferentes, fazendo com que a empresa tenha crescimento acelerado.
Por fim, a inovação disruptiva acontece quando a solução modifica o mercado e o comportamento do consumidor inteiramente, gerando grande impacto, posto que é mais acessível e de fácil escalonamento.
- O edital fala em tecnologias prioritárias. Quais são elas?
Rafaella Arcila Melo: Um dos objetivos do edital Inova Mulher é selecionar propostas que estejam adequadas às ações de desenvolvimento regional propostas pela Sudene. Por isso, apresentar tecnologias que, no nosso entendimento, aumentam a sintonia dos projetos com as nossas atividades é um diferencial para o qual as empreendedoras devem atentar.
Por isso, as ideias podem priorizar determinadas tecnologias, de acordo com o que melhor se adequa à linha ou setor que apresentará a proposta. São elas: biotecnologia e bioeconomia com aproveitamento dos diferenciais competitivos da região; Indústria 4.0; IoT, Blockchain, IA e Robótica aplicadas ao desenvolvimento local/regional; Inovação inclusiva/frugal em diferentes escalas regionais, baseadas em startups e modelos de negócios circulares; Tecnologias que ampliem e qualifiquem o acesso aos serviços públicos essenciais.
Por Agnelo Câmara
Assessoria de Comunicação Social e Marketing Institucional (Sudene)
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