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Inclusão social e inovação tecnológica são debatidas na Sudene
Foto: Társio Alves (Sudene)
Inovação como forma de inclusão social, esse foi o tema tratado entre a Sudene e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, na manhã desta quarta-feira (13/04). A secretária de Estado, Lúcia de Melo, foi recebida pelo superintendente João Paulo Lima, na sede da autarquia, para discutir estratégias de parceria entre a Sudene e as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação de todos os estados Nordestinos.
“A inovação tecnológica traz grande impacto na vida social quando traz benefícios práticos para à população pobre, como, por exemplo, o uso das energias renováveis. Tenho defendido que a energia solar pode ser uma alternativa viável de geração de renda no semiárido”, afirmou João Paulo pontuando a importância do encontro.
Durante a conversa, Lúcia de Melo trouxe a necessidade de fortalecer a pesquisa na região Nordeste. “A pesquisa tem sido pouco priorizada dentro do nosso Estado e em toda a Região. Existe um abismo quando comparamos com os estados do Sul e Sudeste”. A secretária apontou como uma possível solução para diminuir essa desigualdade entre as regiões seria a garantia das contrapartidas dos investimentos federais.
“Hoje não conseguimos acompanhar, por exemplo, os editais do Governo Federal lançados através da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação. Eles exigem uma contrapartida que os governos nordestinos não conseguem garantir. Termina que perdemos esse recursos para as regiões que possuem esse poder de resposta”, analisou Lúcia.
A Finep lançou na última segunda-feira (04/04), dois editais voltados para Institutos de Ciência e Tecnologia, totalizando R$ 390 milhões – divididos igualmente entre as chamadas. Os recursos, não reembolsáveis, serão investidos na infraestrutura dos ICTs, universidades e institutos. Cada instituição poderá dispor dos recursos que poderão ser aplicados da forma mais conveniente para o desenvolvimento de seus laboratórios e equipamentos científicos.
Outro pleito defendido pela secretária é a disponibilização da internet de boa qualidade nos Institutos Federais e Escolas Técnicas do Estado. “Sabemos como a qualidade do ensino está entrelaçado, nos dias de hoje, com o acesso a informação. Ainda não conseguimos prover acesso de qualidade nos nossos equipamentos de ensino. Não é um projeto caro e que tem grande retorno”.
Como desdobramento, ficaram agendados outros encontros para definir como a Sudene pode apoiar essas ações, já que a legislação atual não permite que a autarquia financie projetos de Governos diretamente.