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G-20 Semiárido busca apoio da Sudene
O tema esteve em discussão na sede da Autarquia, nesta terça-feira (08), em um encontro entre gestores e técnicos da instituição e representantes do G-20 e do BNDES. O secretário de Planejamento de Petrolina, Geraldo Francisco da Silva Júnior, fez uma explanação sobre a criação do grupo e as expectativas de unir economias dinâmicas do semiárido em torno de ações conjuntas que impulsionem o desenvolvimento da região. Sobre a Sudene, ressaltou o comprometimento da Superintendência com as causas do Nordeste e do Semiárido ao longo da sua existência e reivindicou uma maior aproximação da Autarquia com os municípios.
Segundo Geraldo, a ideia do G-20 é estabelecer um diálogo entre os municípios e as instituições que atuam no Semiárido, definindo estratégias de curto, médio e longo prazos que conduzam aos objetivos traçados. Jamerson Silva, da Melhor Invest Consultoria, reforçou a ideia de que o impacto das ações em cada município é multiplicado, uma vez que provoca reações em seu entorno.
O diretor de Planejamento da Sudene, Sérgio Alencar, sugeriu a realização de um seminário com a participação dos municípios que compõem o G-20 e as instituições que atuam no Semiárido, que culmine na elaboração de um documento base, que tenha como desdobramento a criação de uma agenda constante.
O coordenador-geral de Cooperação e Articulação de Políticas da Sudene, George Meireles, defendeu que a parceria entre a Autarquia e o G-20 resulte na indução do desenvolvimento de todos os municípios do semiárido nordestino, para impulsionar o desenvolvimento e implementar ações que revertam os índices negativos apresentados pela região. Segundo George, os municípios do Semiárido apresentam taxa de analfabetismo elevada e Índice de Desenvolvimento Humano e Renda per Capita bem inferiores que as médias do País. O coordenador explicou que esses dados demonstram a importância da Sudene no planejamento de políticas públicas para todos os municípios do Semiárido, que estão entre as prioridades da Autarquia.
O encontro foi marcado, ainda, por uma apresentação dos principais instrumentos de ação da Sudene – Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), incentivos fiscais e a formação de parcerias com recursos orçamentários, voltados para todo o Nordeste, inclusive o Semiárido. O papel de articulação da Sudene junto aos governos estaduais e Federal também foi apontado como uma forma de apoio. A autarquia vem participando da elaboração de planos de desenvolvimento de municípios de sua área de atuação, como os Planos de Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais e o de Desenvolvimento de Campina Grande. Essa pode ser uma outra linha de atuação a serviço do G-20.
George Meireles destacou as ações da gestão do superintendente João Paulo voltadas para o Semiárido, que vem buscando desenvolver políticas diferenciadas para a região, promovendo reuniões com agentes que atuem no local e formando parcerias, como a que foi estabelecida com a ASA (Articulação Semiárido) e o MST, com ações voltadas para a agricultura familiar e as energias renováveis.
Encaminhamentos
Ao final do encontro, ficou acordado que o G-20 ficará responsável pela formatação de um consórcio, enquanto a Sudene contratará uma consultoria que terá a função de institucionalizar o consórcio e elaborar um modelo de gestão. Um outro encaminhamento é a realização de um seminário onde serão apresentados painéis de ações desenvolvidas por agentes públicos federais no Semiárido. A Sudene vai analisar, ainda, a viabilidade de realizar estudos para estruturar as cadeias produtivas existentes nos municípios do G-20.