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FDNE pode voltar a financiar o setor energético
Ilustração: Freepik.com
As novas regras valem para os fundos de desenvolvimento e de financiamento do Nordeste (FDNE e FNE), do Norte (FDA e FNO) e do Centro-Oeste (FDCO e FCO). Para voltar a financiar projetos de geração, transmissão e distribuição de energia, a Sudene vai submeter o tema à apreciação do Conselho Deliberativo da Autarquia (Condel), em sua próxima reunião, prevista para o mês de julho. A aprovação implica a retomada dos financiamentos a partir deste ano. O Condel é responsável pela definição das diretrizes e dos orçamentos dos dois fundos nordestinos.
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste já estava apta a apoiar, através do FDNE, empreendimentos de energia renovável, que contam com um financiamento atual da ordem de R$ 1,4 bilhão. Ao todo, são 22 projetos do setor, que representam investimentos totais de R$ 3,2 bilhões. Com a suspensão das vedações, todo o setor energético fica apto ao financiamento.
A medida do Ministério da Integração Nacional (MI) visa à ampliação das contratações para o setor energético, com taxas e prazos mais atrativos em relação ao mercado. Para o MI, essa expectativa “se comprova no Nordeste, onde desde setembro do ano passado vinha sendo possível financiar com recursos do Fundo de Desenvolvimento da região (FDNE) projetos de geração de energia por fontes renováveis. Como resultado as solicitações de crédito cresceram 354,6% no primeiro trimestre deste ano. Do total de 12 consultas aprovadas nesse período, 11 empreendimentos são direcionados a estas atividades e já estão aptos a buscar crédito junto a instituições financeiras federais”.
O MI enfatiza, ainda, que os dois estados que mais produziram energia eólica entre janeiro e abril deste ano estão localizados no Nordeste: Rio Grande do Norte (1.087,6 MW médios) e Bahia (678 MW médios). Outro estado da Região que se destacou foi o Ceará, que aparece na quarta posição, com 465 MW médios. A geração eólica no Brasil cresceu 30% nesse período em relação ao ano passado.
As taxas de juros praticadas são bastante atrativas, variando de 7,35% ao ano a 8,6% no Norte e Nordeste para os fundos de desenvolvimento; e de 8,55% ao ano (7,27% com bônus) a 15,23% (12,94% com bônus), para os fundos constitucionais nas duas regiões.