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FDNE pode financiar produção de diesel a partir de resíduos sólidos
Fotos: Ascom (Sudene)
A empresa apresentou um projeto de produção de energias renováveis, que vai utilizar resíduos sólidos (lixo) para fabricar diesel de alta qualidade, com menor teor de enxofre e de emissão de partículas. A implantação do empreendimento, em Maceió (AL), representa um investimento total de R$ 1,4 bilhão, com uma participação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) de até R$ 633,7 milhões.
O presidente da Shift, Rodney Alves, fez uma explanação sobre o projeto nesta quinta-feira (19) para o superintendente Ricardo Barros, o diretor de Planejamento, Sérgio Alencar, e técnicos da Sudene. A expectativa é de que a unidade produza 2.100 barris de combustíveis renováveis por dia, o que representa uma capacidade instalada de 122 milhões de litros anualmente.
Segundo Rodney, a empresa se propõe a resolver o problema do lixo enfrentado especialmente pelas grandes cidades através de “um design que integra as melhores tecnologias disponíveis, transformando aterros sanitários em unidades produtoras de commodities renováveis de alto valor agregado”. Foi enfatizado que o empreendimento vai contribuir para o enfrentamento de três problemas – a destinação de resíduos sólidos, a necessidade de uma maior produção de diesel em decorrência do aumento na demanda mundial e as dificuldades enfrentadas pelos produtores de biocombustíveis provocadas pela inconsistência de matéria-prima e altos custos operacionais.
A Shift Energy afirma que as tecnologias utilizadas são maduras e comprovadas em escala comercial; flexíveis e eficientes para lidar com uma variedade de matérias-primas; livres de emissão de poluentes e sem impacto ambiental; capazes de produzir combustíveis renováveis em padrão de mercado, produzindo energia renovável e outros subprodutos; autossuficientes em termo de energia; e operadas de maneira eficiente.
Para Rodney Alves, o impacto social do projeto também é positivo, uma vez que serão gerados 350 empregos diretos especializados e bem remunerados, além de treinamento de alunos e professores locais, aquisição de conhecimentos “valiosos e atuais” e educação de escolas e comunidade sobre práticas na gestão de resíduos.