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Estudo aponta Rotas de Integração que serão priorizadas no NE
Foto: Ascom (Sudene)
Em uma palestra realizada no último dia 20 na Sudene, Paulo apresentou a metodologia e as etapas do estudo que indicou as rotas. Esse trabalho faz parte de uma ação do Ministério da Integração Nacional (MI), em parceria com as suas vinculadas (entre elas, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), cujo objetivo é contribuir com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), especialmente no que se refere à inclusão produtiva e integração econômica das regiões menos desenvolvidas. Foram realizados estudos nas regiões do país para identificar os setores com maior potencial e que serão o foco das Rotas de Integração, que são redes de Arranjos Produtivos Locais (APLs) interligados.
Segundo Paulo Cavalcanti, que ficou responsável pela Região Nordeste, o estudo levantou diversos fatores relacionados aos Arranjos Produtivos Locais (APLs), como forma de organização; hierarquia, diversidade de atores; natureza econômica, política e cultural; entre outros. Paulo enfatiza que os arranjos/sistemas não devem ser formados levando em consideração apenas os setores, mas focando na questão territorial e nas “relações inovativas”, que utilizam fonte de informação e conhecimento comuns, desenvolvendo ou sendo impactadas por trajetórias tecnológicas similares, mesmo que pertençam a setores, cadeias produtivas e mercados distintos. Como exemplo, ele citou os APLs Calçadistas, Confeccionistas e de Móveis, que podem estar articulados aos APLs de TICs por meio das tecnologias e das técnicas do design.
Paulo Cavalcanti afirmou que o Programa Rotas de Integração busca concentrar esforços em um número menor de ações, obter ganhos de escala territorial, articular atores institucionais presentes e atuantes, além de potencializar as ações. Os resultados almejados são evitar dispersão, perda de eficiência na governança e desperdício no uso dos recursos; beneficiar-se das externalidades de ampla repercussão produtiva e territorial; reduzir contradições estratégicas e elevar a efetividade da política para transformação socioeconômica dos territórios.
A ideia foi priorizar os arranjos que formam um “novo mix de mecanismos inovativos e seletivos”, estejam em sintonia com a PNDR, possuam instituições atuantes e uma governança político-institucional coerente e compartilhada. As Rotas devem reduzir as ineficiências econômicas para elevar competitividade; manter o crescimento do PIB Regional acima do Nacional para reduzir desigualdades; fortalecer formas de organização produtiva para reduzir assimetrias sociais e combater a pobreza; além de transformar a estrutura produtiva regional para superar o subdesenvolvimento.
Saiba Mais
A Sudene, através da Coordenação-Geral de Desenvolvimento Sustentável/Diretoria de Planejamento apoia as atividades de apicultura e ovinocaprinocultura em sua área de atuação. A Autarquia vem participando dos debates e ações que envolvem as Rotas do Mel e do Cordeiro, que têm o objetivo de profissionalizar a cadeia produtiva, articulando os subsistemas de produção, processamento e comercialização por meio da criação de sistemas agroindústrias integrados. Conheça um pouco mais sobre cada uma delas:
Rota do Mel – A atividade combina alto potencial de inclusão produtiva e sustentabilidade ambiental. O setor apresenta alto grau de absorção de inovações, agregação de valor e aproveitamento de novos produtos (cera, própolis, pólen etc). A participação brasileira nas exportações mundiais é considerada baixa, assim como o consumo nacional de mel e derivados.
Rota do Cordeiro – A ovinocaprinocultura representa importante atividade econômica para o Nordeste Semiárido (NSA), graças às condições favoráveis da região para a exploração da atividade e à diversidade de produtos que podem ser explorados comercialmente (carnes, peles, leite e derivados). Segundo dados do IBGE de 2007, a Região Nordeste detém 91% e 57%, respectivamente, dos rebanhos caprinos e ovinos brasileiros. O setor possui precárias condições tecnológicas, baixos índices de produtividade e falta de informações de mercado confiáveis sobre a atividade. Com a profissionalização espera-se, entre outras coisas, ampliar a produtividade e rentabilidade, prover soluções inovadoras e sustentáveis, promover o consumo de produtos derivados da ovinocaprinocultura, regularizar e padronizar a oferta.