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Em Cajazeiras (PB), Sudene destaca integração de ações para promover o desenvolvimento econômico local
O superintendente da Sudene, general Araújo Lima, participou do painel “Oportunidades de desenvolvimento a partir da transposição do Rio São Francisco”. Foto: Divulgação
Cajazeiras (PB) – Criar frentes simultâneas que estimulem as cadeias produtivas locais foi uma das ideias defendidas pelo superintendente da Sudene, general Araújo Lima, durante sua participação no painel “Oportunidades de desenvolvimento a partir da transposição do Rio São Francisco”, ocorrido nesta quinta-feira (24) em Cajazeiras (PB). O evento reuniu autoridades políticas dos municípios, instituições de fomento ao desenvolvimento, empreendedores e membros da sociedade civil.
Na ocasião, Araújo Lima destacou que a Sudene possui instrumentos e capacidade de articulação para viabilizar ações de desenvolvimento para o município e seu entorno. Segundo o gestor, a chegada das águas do Velho Chico amplia as possibilidades de diversificação da atividade econômica, mas é preciso investir na capacitação de empreendedores e produtores rurais para que este público seja capaz de formular projetos.
“A Sudene tem um papel importantíssimo na construção das cadeias produtivas na medida em que ela também é protagonista da entrada das águas, por ser subordinada ao ministério que viabilizou o projeto. E, por isso, sempre pensamos nas estratégias que devemos adotar para que a chegada das águas não pegue a população de surpresa. Precisamos estimular a capacitação e a organização de cooperativas e associações”, afirmou.
Araújo Lima também apresentou algumas das ações da Sudene para interiorizar o desenvolvimento regional. Cajazeiras é um dos municípios-polo do G52, que reúne as cidades com maior desenvoltura empreendedora que podem, a partir das suas áreas de influência, criar mais oportunidades de emprego e renda às cidades vizinhas. Já o Projeto de Desenvolvimento Federativo, também destacado pelo superintendente, é uma iniciativa que, por sua vez, concentra as ações da Sudene nos municípios com indicadores sociais e econômicos mais frágeis. Segundo o superintendente, a estratégia da autarquia para projetos é a criação de uma força-tarefa que reúna instituições como o MDR, Banco do Nordeste e Sebrae para identificar frentes de atuação para minimizar os desníveis sociais.
O gestor máximo da Sudene também considera estas ações como uma oportunidade para atuar de forma precisa nas reais demandas dos municípios para criar oportunidades que aproveitem o potencial que projetos como a transposição do Rio São Francisco podem oferecer. “Nestas ações, nossa missão também é ouvir os municípios e construir, em cima dessas propostas, a solução de problemas, contribuindo para que a entrada das águas represente um bem estar maior para estas áreas”, explicou Araújo Lima.
Plano de desenvolvimento estratégico da Bacia do São Francisco
Outra ação da Sudene voltada ao Velho Chico é a elaboração dos planos de ação das bacias hidrográficas dos Rios São Francisco e Parnaíba. A autarquia investe R$ 893 mil para a elaboração de um estudo de complexidade econômica e dois planos de ação estratégica, sendo um para a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e área de influência do Projeto de Integração do São Francisco (PISF) e outro voltado à bacia hidrográfica do Rio Parnaíba.
A ideia é entregar à sociedade um instrumento de planejamento conectado à realidade do território, capaz de integrar políticas públicas e agentes públicos e privados para criar um cenário de desenvolvimento econômico e sustentável para a região. Isto será possível através da chamada Estratégia de Desenvolvimento Regional Inteligente (EDRI), uma abordagem metodológica com aplicações exclusivas ao projeto. Um dos aspectos deste processo é que ele é baseado no território, sendo mais específico e próximo à realidade local.
Também se destaca o fato de que será possível identificar e priorizar áreas estratégicas de desenvolvimento. Isso permite a chamada “descoberta empreendedora”, em que são percebidas novas oportunidades de negócios e espaços que podem ser influenciados por políticas de inovação. Desta forma, são estimuladas atividades econômicas de maior valor agregado e capacidade de transformação.
Por Agnelo Câmara