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Ciclo de debates revisita pensamento de Celso Furtado

Evento na Sudene reuniu pesquisadores para refletir sobre a atualidade das ideias do economista.  

Publicado em 18/09/2014 17h37 Atualizado em 01/11/2022 09h12

Viúva de Celso Furtado, Rosa Aguiar, falando ao telefone. "Desenvolvimento é ser dono do próprio destino”. Fazendo uso das palavras de Celso Furtado, a pesquisadora, jornalista e viúva do economista, Rosa Freire d’Aguiar, do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, encerrou o I Ciclo de Debates Sudene, ocorrido na manhã desta quinta-feira. O evento foi prestigiado por pesquisadores, estudantes de graduação nos cursos de Ciências Políticas, Sociologia, Gestão da Informação, entre outros, além de servidores atuais e antigos da casa. O superintendente da Sudene, Zé Márcio, também se fez presente e proferiu uma das palestras de abertura.

Com o tema “Revisitando o pensamento de Celso Furtado”, o evento proporcionou ao público uma série de reflexões conduzidas por uma mesa composta por Rosa Aguiar e os professores da Universidade Federal de Pernambuco, Ricardo Santiago (Ciências Sociais) e Marcos Costa Lima (Ciências Políticas), mediador do debate.

Em sua exposição, o professor Marcos Costa Lima ressaltou o perfil de luta de Celso Furtado pelo desenvolvimento regional no Brasil numa época em que o positivismo norteava as práticas políticas e sociais do País. Lima também argumentou que o pensamento do economista “mantém-se vivo para que as novas gerações enxerguem sua importância”, dirigindo-se aos jovens pesquisadores que acompanhavam a palestra. O acadêmico também trouxe à tona sugestões que nortearam a obra de Furtado, dando ênfase a temas como subdesenvolvimento, poder, a economia como instrumento da política.

PalestrantesA pesquisadora Rosa Aguiar, por sua vez, enfatizou que a obra de Furtado ainda causa surpresa justamente pela riqueza e atualidade das reflexões proporcionadas pelo legado daquele que foi o primeiro Ministro do Planejamento do Brasil. A pesquisadora disse também que a Sudene foi um momento singular da carreira de Furtado. “Foi aqui que a teoria tornou-se prática”, lembrou.

O professor Ricardo Santiago referiu-se a Celso Furtado com fascínio pela capacidade de análise demonstrada pelo economista em sua obra. Ressaltou que o economista é referência obrigatória a todos os que estudam o pensamento social brasileiro.

Plateia
Nos momentos finais dos debates, a plateia pôde participar das discussões com perguntas dirigidas aos palestrantes.

Durante o Ciclo de Palestras, foi lançado o livro “Nordeste brasileiro em questão: uma agenda para reflexão”, editado pela Sudene e organizado pelo professores Marcos Costa Lima e Ângela Nascimento.