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APLs traçam novas perspectivas econômicas para a Paraíba
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Foto: Agnelo Câmara (Ascom / Sudene).
Em tempos de reajuste econômico, traçar novas perspectivas para o desenvolvimento regional requer novas análises e estabelecimento de parcerias duradouras. No caso da Paraíba, a união entre governo, academia e instituições públicas em prol do fortalecimento dos arranjos produtivos locais foi a resposta apresentada a este contexto durante o seminário “O futuro do Desenvolvimento: o Brasil, o Nordeste e a Estratégia dos Arranjos Produtivos Locais”. Entusiasta e parceira de vários projetos sobre o tema, a Sudene se fez presente no encontro através do superintendente Marcelo Neves, os diretores de planejamento, Sérgio Alencar, e administração, Eugênio Pacelli, e técnicos das coordenações de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (CGDS) e Estudos e Pesquisas (CGEP).
A ideia do evento foi convergir interesses da iniciativa pública e academia para construir, em parceria com as instituições regionais de desenvolvimento e o setor produtivo, uma agenda de longo prazo. O objetivo deste plano coletivo é transformar os arranjos produtivos locais em protagonistas dos novos rumos do desenvolvimento econômico do estado e da região. O secretário de turismo da Paraíba, Lindolfo Pires, defendeu que o plano econômico e social a ser pensado durante os quatro dias do evento seja “um plano de carreira para o estado, voltado para a criação de emprego e valorização dos talentos econômicos do estado, verificados com os arranjos produtivos locais”.
Na mesma linha de pensamento, o secretário de finanças, Tarso Pessoa, mostrou-se otimista com as perspectivas futuras dos APLS, em face da atual conjuntura econômica nacional. Pessoa apresentou detalhes do plano “Paraíba 2040: viva o futuro”, um projeto de readequação do corpo administrativo do governo do estado com vistas a construir novos horizontes de desenvolvimento econômico e inclusivo.
A reitora da UFPB, Margareth Diniz, pontuou a importância da interligação entre a academia e o setor produtivo paraibano, uma das bandeiras defendidas pelo evento. “Aqui estamos construindo um novo plano de desenvolvimento econômico sistêmico para uma nova geração de políticas para o Nordeste”, observou.
O professor doutor Paulo Cavalcanti Filho, coordenador do PLADES / UFPB, referência nacional na pesquisa e prática sobre arranjos produtivos locais, frisou que o trabalho para estimular os APLS é “um processo de construção coletiva, sem protagonismos individuais”. Cavalcanti, inclusive, já participou, por duas vezes, de exposições na Sudene sobre o tema. No último encontro, em maio deste ano, o pesquisador apresentou estudo para identificar os setores com maior potencial na região Nordeste e que serão o foco das Rotas de Integração, redes de Arranjos Produtivos Locais (APLs) interligados.
ESTÍMULO AOS APLS
O apoio da Sudene aos arranjos produtivos locais mapeados no Nordeste não é recente. Desde a fundação da instituição idealizada por Celso Furtado no final da década de 50, a autarquia buscou estabelecer métodos, políticas e investimentos para as atividades econômicas que se sobresaíam em cada estado da região. O coordenador de desenvolvimento sustentável e meio ambiente da Sudene, Carlos Almiro, lembra que já era preocupação da autarquia, já em sua primeira década de atividades, já havia desenvolvidos estudos e projetos para os APLs que faziam uso de recursos naturais típicos de cada estado.
Para o superintendente da Sudene, Marcelo Neves, a importância dos trabalhos da Sudene em se tratando do apoio dado aos APLs reside principalmente na mobilização feita pela autarquia para convergir os agentes necessários e potencializar a consolidação dos arranjos. Neves destacou também que o trabalho atual vai além articulação entre personagens vitais para o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais nordestinos. “A Sudene também estabelece projetos que estimulem estes centros de economia e inclusão social”, lembrou. A autarquia, atualmente, conta com três projetos nesta área, sendo um na Paraíba, outro em Pernambuco e mais umno Ceará. Juntas, as iniciativas somam investimentos que chegam a R$ 2,096 milhões. Os trabalhos incluem a capacitação e o fortalecimento das estruturas produtivas dos arranjos de caprinos e apicultura.
LIVRO
O primeiro dia do seminário também foi marcado pelo lançamento do livro “Sob o signo da esperança e da responsabilidade social. Anais do primeiro e do segundo encontro dos Bispos do Nordeste (1956/1959)”, escrito pelo Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. A obra reúne dados dos encontros da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil a partir de 1956. Segundo Rocha, mais do que o registro de atividades religiosas, a obra, traz recortes do engajamento social dos sacerdotes nordestinos. Há, inclusive, passagens que retomam o período que antecedeu a criação da Sudene.
PROGRAMAÇÃO
Nesta quarta-feira, o seminário “O Futuro do Desenvolvimento: O Brasil, o Nordeste e a Estratégia de Arranjos Produtivos Locais” traz mais quatro mesas temáticas, abordando desde políticas sociais e desenvolvimento econômico a estudos sobre metodologias aplicadas na delimitação e estímulo aos APLs nordestinos.
Além de novos debates, a quinta-feira (01) será marcada por reuniões de trabalho reunindo a Redesist, Governo da Paraíba e instituições de estímulo ao desenvolvimento (a exemplo da Sudene). Os participantes também acompanharão uma rodada de negócios e exposição.
Fechando os quatro dias de evento, a sexta-feira trará nova reunião de trabalho. Ao final, será assinado um protocolo de intenções entre as instituições participantes. O documento celebrará o acordo mútuo para colaboração de atividades que estimulem o desenvolvimento dos arranjos produtivos.