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Recursos hídricos
Ação da Sudene nas bacias hidrográficas do São Francisco e Parnaíba vai contar com abordagem inovadora
Rio Parnaíba (em destaque) contará com plano de ação pelo desenvolvimento sustentável do seu entorno. Foto: Fernando Pandaré/CC
Recife - (PE): A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai aplicar uma metodologia de reconhecimento internacional para a construção dos planos de ação das bacias hidrográficas dos Rios São Francisco e Parnaíba. A proposta foi apreciada ontem (20) pela autarquia durante reunião envolvendo técnicos da instituição federal e do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), além de representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-Brasil) e do Consórcio RHA-Techne-Vertrag, contratado para apoio técnico à elaboração dos estudos.
A Sudene está investindo R$ 893 mil para a elaboração dos seguintes levantamentos: um estudo de complexidade econômica e dois planos de ação estratégica, sendo um para a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e área de influência do Projeto de Integração do São Francisco (PISF) e outro voltado à bacia hidrográfica do Rio Parnaíba.
A ideia é entregar à sociedade um instrumento de planejamento conectado à realidade do território, capaz de integrar políticas públicas e agentes públicos e privados para criar um cenário de desenvolvimento econômico e sustentável para a região. Os três produtos devem ser apresentados nos próximos seis meses.
“Muito estudos anteriores já foram feitos sobre estas bacias. Nossa proposta é de ouvir os estados, criar uma sinergia intergovernamental para termos um documento norteador para os arranjos produtivos que possam se desenvolver na região, envolvendo questões hídricas, de desenvolvimento sustentável e governança”, explicou o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudene, Raimundo Gomes de Matos.
Abordagem inovadora
Os trabalhos serão orientados pela Estratégia de Desenvolvimento Regional Inteligente (EDRI), metodologia que conduz a atual política de desenvolvimento regional da União Europeia. A abordagem, no entanto, será adaptada para as realidades econômica, social e ambiental da área de atuação da Sudene.
Um dos aspectos inovadores da EDRI é que ela é baseada no território, sendo mais específica e próxima à realidade local. Também se destaca o fato de que será possível identificar e priorizar áreas estratégicas de desenvolvimento. Isso permite o chamado processo de descoberta empreendedora, em que são percebidas novas oportunidades de negócios e espaços que podem ser influenciados por políticas de inovação. Desta forma, são estimuladas atividades econômicas de maior valor agregado e capacidade de transformação.
O plano de trabalho prevê que o estudo de complexidade econômica deva ser apresentado até o final de setembro. No mês seguinte, serão apresentadas as análises integradas de políticas públicas das bacias hidrográficas do São Francisco (incluindo o PISF) e do Parnaíba. Por fim, a entrega dos planos de ação de ambos os territórios acontecerá até o início de janeiro de 2022.
Eventos online vão reunir contribuições para o estudo.
Além de contar com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional, PNUD e o consórcio de empresas consultoras, a Sudene também vai ouvir atores regionais, públicos e privados, durante a construção dos estudos. A autarquia prevê a realização de três eventos online para receber contribuições que destaquem oportunidades e demandas relacionadas ao desenvolvimento sustentável do território. O primeiro webinar está previsto para o dia 17 de agosto, contando com a participação do ministro Rogério Marinho, técnicos do MDR e instituições vinculadas à pasta.
“A participação desses agentes irá nos ajudar a propor ações efetivas para atender as necessidades apresentadas”, destacou o coordenador-geral de cooperação e articulação de políticas da Sudene, Renato Vaz. Nos próximos dias, a Sudene irá divulgar em seus canais oficiais mais informações sobre estes seminários online.