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Sudene marca presença no evento Hydrogen Dialogue 2022, na Alemanha
Foi dado destaque à capacidade do Brasil, em especial, do Nordeste, de atender a demanda de importação de hidrogênio verde da Alemanha. Foto: Ascom (Sudene)
O encontro foi em Nuremberg e a apresentação da Sudene abordou o potencial de geração de energia renovável do Nordeste brasileiro e os instrumentos oferecidos pelo Governo Federal para apoiar o investimento estrangeiro. Segundo Renato, a capacidade de geração eólica e solar está crescendo mais rápido do que as demais fontes de geração elétrica. O plano decenal de expansão da geração elétrica prevê que a contribuição da geração eólica para a matriz elétrica nacional passará dos atuais 9% para 16% e a solar dos atuais 2% para 8%. Ele destacou que a maior parte da produção de energia eólica e solar está localizada no Nordeste e há um enorme potencial de expansão tanto onshore quanto offshore.
Destaque também foi dado à capacidade do Brasil, em especial, do Nordeste, de atender a demanda de importação de hidrogênio verde da Alemanha. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o potencial técnico de produção de hidrogênio pelo Brasil em 2050 é mais de 14 vezes a demanda mundial de hidrogênio no ano de 2018. Afirmou, ainda, que o Nordeste brasileiro tem os menores custos de geração de Hidrogênio Verde no Brasil (em torno de US$ 2,4/kg). “Investimentos anunciados para produção de hidrogênio verde são da ordem de US$ 22 bilhões – localizados principalmente no Porto do Pecém; Porto de Suape; Complexo Industrial de Camaçari e Porto do Açu”.
A Sudene acredita que o Nordeste pode se tornar um grande produtor de hidrogênio verde, pois possui uma costa privilegiada, com ventos favoráveis e incidência de sol o ano todo, o que possibilita menores custos marginais para geração de energias renováveis, fundamental para o barateamento do processo de eletrólise. Outro ponto positivo é a proximidade geográfica da Europa, o que reduz os custos logísticos. Para impulsionar os projetos do setor, Renato destacou que a Sudene conta com os Fundos de Desenvolvimento Regional (FDNE e FNE), cujos orçamentos para este ano somam US$ 5,2 bilhões de dólares. A Superintendência disponibiliza, ainda, o incentivo de redução de 75% no imposto de renda e sobretaxas não reembolsáveis, reforçou.
Gestores e técnicos da Sudene acompanharam a apresentação
Segundo o coordenador, além das ferramentas da Sudene, os investidores contam com o BNDES FINEM e o Fundo Clima (apoio a projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima). Outros pontos positivos para o Brasil, destacados durante o evento, são política energética com planejamento de longo prazo e estudos técnicos; lei regulamentadora para a produção eólica offshore em discussão avançada no Congresso Nacional; centros de pesquisa qualificados e órgãos federais cooperando com governos e empresas para desenvolver soluções para financiamento, produção, logística e regulação do hidrogênio verde.
A Sudene foi convidada a participar do evento pela NürnbergMesse Brasil (NMB), para fortalecer a cadeia produtiva do hidrogênio verde no Nordeste, região brasileira considerada com maior potencial para produzir hidrogênio a partir de fontes renováveis. O evento na Alemanha contou com palestras, debates e espaços de networking para conectar representantes governamentais, empresários, investidores e pesquisadores em torno das principais oportunidades e desafios para o desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio verde no mundo.
A Sudene dará continuidade à estratégia de fortalecimento do hidrogênio verde na região e estará participando do evento Hydrogen Dialogue Latinoamerica, que vai acontecer nos dias 09 e 10 de novembro, em São Paulo.
Por Carla Pimentel