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Desenvolvimento local
Produção sustentável de bioinsumos é tema de encontro na Sudene
As duas equipes vêm adequando o plano de trabalho às necessidades legais e à pesquisa de desenvolvimento de bioinsumos nos biomas da área de atuação da Sudene. Foto: Ascom (Sudene)
A pauta girou em torno do plano de trabalho apresentado pelo ITCBio para dar andamento ao Termo de Fomento a ser celebrado entre a Sudene e a instituição para instalação de fábricas-escolas nos Biomas Catinga e Mata Atlântica. As duas equipes vêm adequando o plano de trabalho às necessidades legais e à pesquisa de desenvolvimento de bioinsumos nos biomas da área de atuação da Sudene. Claudia Sampaio, diretora presidente do ITCBio, apresentou o cronograma e explicou que ao longo de dois anos estão previstas, entre outras ações, implantação das biofábricas e unidades de apoio, localizadas em Crateús (CE), Caicó (RN) e Carpina (PE); qualificação de agricultores familiares, com foco na produção orgânica e na sustentabilidade econômica, social e ambiental; além da produção de bioinsumos. Inicialmente, serão utilizadas três matérias primas da Caatinga, três da Mata Atlântica e duas do Litoral. Em Recife (PE) será instalada uma unidade de controle de qualidade e desenvolvimento do selo de origem para bioinsumos.
Em cada biofábrica serão estruturadas sementeiras padronizadas para fornecimento de mudas certificadas e hortas para fornecimento de matéria prima. O projeto prevê um investimento de R$ 11,1 milhões, que deverão ser repassados pela Sudene após aprovação do Plano de Trabalho e celebração de termo de fomento. Os recursos são oriundos das movimentações financeiras do percentual de 1,5% do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), destinado a projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Serão seguidas as “diretrizes propostas pelo Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE)/Sudene e pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e suas Rotas de Integração Nacional”, segundo Cláudia. A gestora do ITCBio destacou, ainda, que o público beneficiário será composto por comunidades periurbanas e rurais, incluindo participantes de comunidades indígenas, quilombolas, assentamentos e agricultores familiares.
De acordo com Cláudia, o Nordeste brasileiro possui 70% da área ocupada por vegetação de Caatinga, apresentando grande diversidade de espécies forrageiras herbáceas, arbóreas e arbustivas, enquanto a Mata Atlântica fornece “serviços ecossistêmicos essenciais para os 145 milhões de brasileiros que vivem nela”. Foram ressaltados, durante o encontro, os indicadores de produção e relacionados ao processo que serão utilizados para monitorar as atividades e os resultados. A gestão e governança das biofábricas vão se basear no modelo de gestão colaborativa com foco em ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) e gestão integrada.
Por sugestão do general Araújo Lima, os próximos passos são visitas preliminares aos locais indicados para implantação das estruturas de beneficiamento e estrutura de verificação de qualidade do produto.
Por Carla Pimentel