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Encontro na Sudene define próximos passos para fortalecimento do hidrogênio verde na região
A Sudenepode contribuir com a atração de investimentos, por meio dos fundos regionais (FDNE e FNE) e dos incentivos fiscais, responsáveis pela ampliação no número de empreendimentos que se instalam na região.
A NürnbergMesse Brasil (NMB) está organizando uma série de eventos para debater com investidores de diversos países as oportunidades proporcionadas pelo hidrogênio verde na América Latina, particularmente no Brasil e a Sudene terá o papel de intermediar a participação dos estados de sua área de atuação nesses encontros. A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste pode contribuir com a atração de investimentos, por meio dos fundos regionais (FDNE e FNE) e dos incentivos fiscais, responsáveis pela ampliação no número de empreendimentos que se instalam na região.
O representante da NMB, Diego Carvalho, informou que a empresa é especializada em eventos de negócios e vai realizar uma série de eventos para debater a utilização do hidrogênio verde nos estados abrangidos pela Sudene, uma instituição que ele considera fundamental para reunir personagens de interesse e identificar oportunidades para consolidar uma cadeia produtiva do hidrogênio verde, envolvendo a iniciativa privada e o setor público. Essa iniciativa inclui uma plataforma digital e a realização de um evento com edições nacional e internacional, que vai reunir atores interessados o desenvolvimento regional de atividades econômicas envolvendo a chamada energia do futuro. Essa série de encontros vai culminar com a realização de um evento no Brasil e outro na Alemanha, ainda este ano.
Martin Von Simson, também da NMB, considera a participação da Sudene essencial no fortalecimento da cadeia produtiva do hidrogênio verde, uma vez que atua na região brasileira “com maior potencial” para produzir hidrogênio a partir de fontes renováveis. O Nordeste já registra algumas iniciativas na área de pesquisa e produção de hidrogênio verde, a exemplo do Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco e o Porto de Pecém, no Ceará, local no qual deve entrar em operação até o final deste ano uma usina de hidrogênio verde com capacidade de produção de 250 Nm3/h. Para Luís Carlos, do Sindenergia, a atração de empresas interessadas no hidrogênio verde vai contribuir com a redução dos desníveis regionais e trazer impactos positivos para a economia nordestina. Ele destacou o interesse de empresas australianas e dinamarquesas neste segmento.
Entre os instrumentos de ação da Sudene, o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) vem apoiando diversos projetos de energia renovável, além de destinar 1,5% para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) tem o orçamento, diretrizes e prioridades aprovados pelo Conselho Deliberativo da Sudene e, só este ano, conta com um orçamento superior a R$ 26 bilhões. A previsão inicial foi destinar R$ 7,43 bilhões desse total para a estratégia “FNE Energia Renovável”, recursos relacionados à infraestrutura para enfrentamento da crise hídrica/energética. O objetivo é promover o desenvolvimento de empreendimentos e atividades econômicas que propiciem ou fortaleçam a oferta do setor de geração de energia elétrica por fontes renováveis. O financiamento contempla todos os segmentos que possam contribuir para a geração de energia de matriz limpa (como hidrogênio verde, geração eólica e fotovoltaica).
Um dos encaminhamentos do encontro a organização de reuniões no mês de julho, incluindo a participação de outros parceiros, para definir a programação da série de eventos sobre hidrogênio verde.
Por Carla Pimentel