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PANTANAL
Sudeco propõe apoio para a retomada econômica do Pantanal
Imagem da transmissão ao vivo da sessão da CET Pantanal.
A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), representada pelo superintendente Nelson Fraga, participou na última sexta-feira (09) de audiência pública no Senado, realizada pela Comissão Temporária Externa do Pantanal (CTE Pantanal). Na ocasião, foram discutidas as ações de enfrentamento aos incêndios detectados no bioma pantaneiro e seus desdobramentos, bem como a proteção das populações diretamente afetadas e a retomada da economia local.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, expos as ações do Governo Federal de apoio a contenção do fogo no Pantanal e defendeu ações preventivas para evitar novas queimadas em períodos de seca. “Acredito que esse grupo possa trazer uma grande contribuição para as medidas de prevenção às queimadas, como também proporcionar ao homem do Pantanal formas de sobreviver com dignidade, com acesso a políticas públicas adequadas, bem como linhas de financiamento para que as atividades sejam retomadas.”
Retomada da economia
No painel, o superintendente Nelson Fraga colocou a instituição à disposição para auxiliar o grupo na criação de soluções para a retomada da economia do Pantanal, bem como nas ações de preservação do bioma pantaneiro. “Certamente, a contribuição da Sudeco a essa comissão será a de criar um modelo de desenvolvimento sustentável, gerando valor ao produto pantaneiro, por indicação geográfica, por exemplo. Assim como promover projetos que possam contribuir para a recuperação das bacias do alto, médio e baixo Taquari. Nós já temos no estado a biodiversidade; já temos o selo da ONU, que destaca o Pantanal como o terceiro maior bioma do mundo, e não estamos sabendo aproveitar isso para agregar valor e estimular o produtor do pantanal a continuar produzindo com qualidade e conservando aquela região”.
Fraga enfatizou a importância das linhas de crédito, a exemplo do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), para a retomada das atividades dos produtores locais. “Eu já estou consultando as instituições financeiras e as federações para avaliarmos o volume de crédito concedido à região pantaneira. Desta forma, podemos avaliar os prejuízos causados e ver que tipo de ação nós podemos adotar para conceder prazos maiores a esses financiamentos, socorrendo os produtores nesse momento grave”.
Desde janeiro 2020, focos de incêndio florestal vêm ocorrendo na região do Pantanal e nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O incêndio é o maior em 14 anos na região e já destruiu um quarto do bioma, desde o início do ano.
Foram também convidados para o painel representantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e do Serviço Social do Comércio (SESC).