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MS apresenta modelo para recuperação de bacias hidrográficas
Rio Taquari (MS) - Foto: Caína Castanha
Estudo técnico elaborado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) vai subsidiar um modelo de referência para um programa federal de recuperação do Rio Taquari. O trabalho foi apresentado nesta terça-feira (24) ao superintendente Nelson Vieira, da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e ao secretário Jaime Verruck, da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
O levantamento, apresentado fiscal ambiental do Imasul, Rômullo Oliveira Louzada, identifica 300 microbacias na região do Alto Taquari e as classifica em diferentes potenciais de risco de erosão. Nos locais onde há voçorocas nas margens do novo curso do rio Taquari, o estudo sugere cerca de 11 mil pequenas intervenções, como barragens com saco de areia ou paliçadas (com eucalipto).
“O estudo caracteriza cada trecho da bacia hidrográfica do rio Taquari e aponta, por meio de imagens georreferenciadas, os locais mais vulneráveis. Todos os dados foram cruzados com as informações do CAR”, informou o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
Recuperação de microbacias
O superintendente da Sudeco, Nelson Vieira disse que o estudo é fundamental, pois identifica as microbacias que estão degradadas e já aponta, por meio do CAR, o grupo de produtores que compõe cada microbacia. “Dessa forma é possível criar um modelo que pode ser aplicado a outras microbacias.” Fraga observou que o projeto permite construir um modelo de sustentabilidade, “com possibilidade de pagamento de serviços ambientais e outras formas de estímulo”.
O secretário Jaime Verruck, afirmou que a ideia agora é detalhar as obras e os cursos necessários, além de elaborar um cronograma para recuperação dos processos erosivos na bacia do rio Taquari. “Trabalhamos até a possibilidade de se financiar essas ações pelo FCO, criando um modelo que permita ao produtor a recuperação de seu passivo ambiental, social e econômico.”
“O Fundo tem papel importantíssimo no financiamento de atividades sustentáveis. O Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel), que se reúne em dezembro, pode propor linhas de crédito com encargos mais favoráveis para o produtor que aderir ao programa”, disse Fraga.
Também participaram da apresentação a diretora de Desenvolvimento do Imasul, Thaís Caramori, o superintendente de Meio Ambiente e Turismo da Semagro, Pedro Mendes, e o diretor-adjunto de Planejamento e Avaliação da Sudeco, Carlos Henrique Araújo Filho.
Com informações da Semagro-MS