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Sudeco na integração entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile
Nos dias 21 e 22 de agosto de 2019, a capital de Mato Grosso do Sul sedia a VIII Reunião do Corredor Rodoviário Bioceânico – Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, para discutir assuntos de interesse para o desenvolvimento da rota entre Porto Murtinho e portos do norte do Chile. O governador do estado, Reinaldo Azambuja, convidou a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) para se fazer presente ao evento, e também para tratar de outras iniciativas que estão sendo promovidas na região.
A Reunião do Corredor Rodoviário Bioceânico é um evento de extrema importância para Mato Grosso do Sul. A viabilização deste corredor, somada a operação de três novos terminais portuários com o porto que já está em atividade, em Porto Murtinho, o estado cria um cenário no qual em quatro anos a região se tornará um dos maiores centros de importação e exportação da América Latina. Um grande hub logístico que viabilizará mais tranquilidade na resolução de um dos grandes problemas do setor agropecuário, o escoamento da produção. Além de tranquilidade, a operação destes portos também trará um barateamento das operações de em média US$ 700, cerca de R$ 2.814,00, em relação aos embarques portuários das regiões Sul e Sudeste.
Além do governador do estado, o evento, que teve início às 9 horas no salão de eventos do Hotel De Ville, em Campo Grande (MS), contará ainda com as participações do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do coordenador nacional do Grupo de Trabalho Rota de Integração Latino-Americana (GT-RILA) pelo Brasil, ministro João Carlos Parkinson de Castro, do coordenador do GT pela Argentina, Patrício Perciavalle, pelo Chile, Roberto Ruiz Piraces, e pelo Paraguai, embaixadora Glória Irma Amarilla. O GT-RILA foi criado em 21 de dezembro de 2015.
Rota de Integração Latino-Americana, RILA
A RILA tem como ponto de partida a capital do estado, Campo Grande, segue rumo à cidade de Porto Murtinho, onde já estão em andamento os trâmites para construção da ponte da Itaipu Binacional, chega ao Paraguai, segue para a Argentina e vai até os portos chilenos de Antofagasta e Mejillone. O edital de licitação foi lançado no último dia 20 de julho deste ano.
A ligação, que atualmente acontece apenas por meio de balsas, ocorrerá por meio de uma ponte de 680 metros de comprimento e será do tipo estaiada, com duas torres de mais de 100 metros de altura, e viadutos de 150 metros nas cabeceiras. Para o vão, estão previstos 380 metros de altura e 22 metros de extensão, o que possibilitará a passagem de grandes barcaças pela hidrovia do Paraguai.
Informações do governo do estado afirmam que a ponte da Itaipu Binacional vai superar um dos maiores gargalos logísticos para viabilizar o corredor bioceânico e assegurará expressivos ganhos de competitividade para toda a cadeia produtiva de Mato Grosso do Sul, beneficiando todos os setores econômicos e produtivos do estado. Uma das ações do Corredor será a redução de oito mil quilômetros entre o mercado asiático e Campo Grande. A viagem entre o embarque e o destino terá uma economia de dezessete dias.