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Por uma logística mais central e menos litoral
Na tarde do dia 20 de agosto de 2019, estiveram na Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), para apresentar ao superintendente, Nelson Vieira Fraga Filho, e ao Diretor de Planejamento e Avaliação (DPA/Sudeco), João Balestra do Carmo Filho, a Fecomércio MS, a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (FundTur-MS), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do Sul (SEBRAE-MS), o projeto Observatórios de Turismo do estado do Mato Grosso do Sul. O projeto Observatórios está sendo construído em função da forma como influenciam o setor do turismo na rede de serviços do estado, em Mato Grosso do Sul, mais de quinhentos segmentos são diretamente impactados.
Atualmente estão ou sendo implantados, ou reestruturados, seis observatórios, “selecionados por volume da geração de turismo”, como explicou o diretor-presidente da FundTur, Bruno Wendling, nas cidades de Campo Grande, Bonito, Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã. Bruno explicou que uma das primeiras ações do Observatórios é o desenvolvimento de um software específico, que “consolide de fato os dados para que os empresários tenham motivação para investir no turismo do Centro-Oeste em todo o Mato Grosso do Sul, que inclusive pode ser futuramente replicada para outros entes federativos da região, para tanto, principalmente, há que se ter comprometimento dos municípios para aplicação de pesquisa”, informou o diretor-presidente. O coordenador de Economia e Estatística da SEMAGRO, Daniel Massen Frainer, falou que a ferramenta visa “encontrar o ponto de estrangulamento do setor e o adensamento de cadeias produtivas, traçando estratégias de atratividade de novos investimentos”, declarou Daniel, e foi complementado pela economista da Fecomércio-MS, Daniela Teixeira Dias, que afirmou a importância da matriz insumo-produto utilizada na Federação para todo o estado, “ela impacta, inclusive, na formulação de projetos de lei e na orientação das questões tributárias, sendo também estratégica em termos econômicos”, esclareceu a economista. Bruno contou ainda que o cruzamento de dados da ferramenta pretende partir das necessidades daqueles que precisam dos dados e pretende que o site seja uma plataforma a qual “todos queiram usar, os empresários, os investidores, tornando-os munidos de mais informações, para tomar melhores decisões”, pontuou o diretor-presidente.
Para o superintendente da Sudeco, é de interesse da Superintendência apoiar institucionalmente e financeiramente o Observatórios, pois o projeto está na linha do foco de atuação da DPA na atual gestão. Mas é necessário realmente fazer um raio-x na realidade do setor no estado, “o valor, de R$ 1.534.456,00, não é problema para a Sudeco, mas queremos apoiar aqueles que tem projetos também a buscar outras fontes de recursos, que inclusive serão mais fáceis de serem obtidas, como as emendas parlamentares, ou bancos internacionais, como o Banco Internacional do Desenvolvimento BID, queremos construir junto com esses projetos um modelo de negócio, e ser uma parceria em que a atuação seja uma via de mão dupla. Podemos, institucionalmente, sermos fomentadores de recursos fazendo um projeto turístico inteligente, pois mesmo com o bloqueio de recursos por parte do governo federal, em função das reformas estruturais, podemos superar a dificuldade financeira com criatividade. O turismo no Centro-Oeste é uma coisa muito bonita, temos muito a oferecer: turismo cultural, gastronômico, o Brasil não é só litoral, temos que criar o nosso portfólio, ter um modelo de negócio nacional para ver como podemos investir, para que possamos sugerir investidores internacionais, então vejam com a diretoria de Planejamento a melhor forma de formalizar a parceria, se convênio será realmente a melhor modalidade”, explanou Nelson. O presidente da Fecomércio MS, Edison Ferreira de Araújo, lembrou que o estado já tem investido em capacitação, “foram R$ 18 milhões do Sesc em uma escola de capacitação em hotelaria, com restaurante escola em Campo Grande. Ponta Porã, Aquidauana e Corumbá também estão se tornando polos de gastronomia e hotelaria; mais R$ 25 milhões para construção do Jardim Botânico de Bonito, e investimentos de R$ 2,5 milhões para restauração de prédios antigos e transformação em complexos culturais”, detalhou Edison.
O diretor da DPA declarou que o Observatórios “está dentro da linha de projetos da Sudeco por ser um projeto estrutural, que sustenta o discurso da Superintendência e está na faixa de fronteira. É importante levá-lo aos deputados, criar modelo de emendas e subsidiar o superintendente nas conversas com os parlamentares. Mas é fundamental que os interessados façam também o corpo a corpo, pois é isso que influencia a liberação das verbas, o atendimento do parlamentar. A Sudeco precisa de um banco de projetos, mas de projetos que sejam do Século 21”, finalizou João Balestra. Nelson disse que também vê muitas possibilidades junto ao BID.
Também estiveram presentes na Sala de Reuniões do 20º andar da Superintendência, Cláudio Jacinto Alves, diretor corporativo do Sistema FIEMS, Claudio George Mendonça, diretor-superintendente, e Paola Cardoso Barbosa, coordenadora de comunicação e marketing do Sebrae-MS, e Valmira Gomes Carvalho, superintendente da Fecomércio.