Geral
Pela redução dos encargos financeiros de famílias em empresas
O debate, “Como fazer os juros caírem no Brasil”, seminário realizado pelo jornal Correio Braziliense em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta terça-feira, 6 de agosto, teve como objetivo ampliar o diálogo sobre temas como competição e concentração bancária, custo do dinheiro e a importância da educação financeira. Especialistas como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, da Febraban, Murilo Portugal, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Barreto de Souza, a economista Ana Carla Abrão, sócia da consultoria Oliver Wyman, e outros especialistas estiveram na sede do Jornal a partir das 9 horas da manhã e trataram de três painéis, como ampliar a oferta de crédito a um custo menor, sobre os mitos e verdade do custo do dinheiro, e sobre a importância da cidadania financeira. A Sudeco compareceu no evento representada pela coordenadora-geral de Fundos e Promoção de Investimentos, Luciana de Sousa Barros.
Mesmo considerando que dada a relevância do debate, o evento poderia ter se estendido por um período maior, Luciana explicou que todos os painéis se voltaram para o fato de que, para a redução dos juros no Brasil, “não existe fórmula mágica, mas sim uma série de fatores que precisam ser revistos, pois não estamos falando da taxa básica da Selic, de 6% ao ano, mas dos juros de cheque especial e cartão de crédito, estes últimos que chegam ao patamar de 320% ao ano. É necessário rever a tributação no país, que é muito elevada e encarece o custo do empréstimo, assim como as altas taxas de inadimplência, que representam 37% do spread bancário, a insegurança jurídica na recuperação do crédito, os elevados custos dos depósitos compulsórios, a questão da implementação do cadastro positivo, associado à construção da plataforma Openbank no Brasil, e o investimento em educação financeira, que ainda não é uma realidade no país”, disse a coordenadora-geral. Sobre a educação financeira, Luciana recomendou os cursos online do Banco Central, dada a abordagem e metodologia dos mesmos.
Durante o debate, os economistas, Maílson da Nóbrega e Ana Carla Abrão enfatizaram que a população precisa ser educada para poupar, e fizeram duras críticas à lentidão do judiciário nos processos de recuperação de crédito. Falaram também sobre o Brasil estabelecer medidas econômicas já implantadas em outros países com sucesso, como por exemplo, a questão da alienação fiduciária, uma modalidade do direito de propriedade real, com a intenção de garantia. O evento foi transmitido online, ao vivo, e o está disponível no Facebook da Sudeco .