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GDF quer intensificar criação e consumo de tambaqui no Distrito Federal
Com o objetivo de fomentar a piscicultura, o crescimento de pequenos negócios e o consumo de peixes entre a população, o Governo do Distrito Federal quer estimular também a criação de tambaqui no DF. Ao visitar o churrasco montado pelo Festival Tambaqui da Amazônia na Esplanada dos Ministérios, na tarde desta quarta-feira (7), o governador Ibaneis Rocha anunciou que pretende aproveitar a expertise de produtores da região amazônica, onde o peixe é abundante, para gerar novos negócios no Centro-Oeste do país.
De acordo com o governador, a produção irá ajudará a complementar a renda de produtores rurais de outros alimentos, uma vez que é pequeno o espaço necessário para acomodar um tanque de tambaqui. Além disso, devido à localização geográfica e estrutura aeroportuária do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, Brasília servirá como hub (escoamento de produção) de pescados distribuídos a todo o país.
“Vamos utilizar a experiência que vocês [produtores] já detêm, a parceria que nos foi dada junto à Secretaria da Pesca (do governo federal) para que, por meio da Secretaria de Agricultura e da Emater-DF, a gente tenha um incremento da renda da população que vive nas áreas rurais”, anunciou Ibaneis a uma plateia de produtores e autoridades do governo de Rondônia, promotor do evento.
Pela primeira vez Brasília sedia o churrasco que há várias edições é promovido na pequena Ariquemes, município a cerca de 200 quilômetros da capital Porto Velho (RO). A cadeia produtiva do pescado é um dos pilares de sustentabilidade do agronegócio no estado.
O evento é uma parceria entre o governo de Rondônia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Secretaria Nacional da Pesca e o GDF. Por aqui foram distribuídas cerca de sete toneladas – em 4,5 mil bandas – do peixe.
Aquicultura
Com taxas de crescimento significativas, a aquicultura (produção de organismos aquáticos de todas as espécies) é uma atividade relativamente nova no Distrito Federal. Entre 2001 e 2018, o número de piscicultores no DF passou de 214 para 594, enquanto a produção de pescado pela aquicultura local passou de 409 para 1,5 mil toneladas ao ano.
A principal espécie produzida no DF é a tilápia, seguida dos peixes redondos – em especial os híbridos tambatinga, patinga e tambacu – e os híbridos de surubim (pintado real e jundiara).
O Distrito Federal é considerado o terceiro maior mercado consumidor de pescado do país, com uma demanda anual acima de 36 mil toneladas e um consumo da ordem de 14 quilos por habitante ao ano.
A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal trabalha no fomento à piscicultura por meio de ações de capacitação dos produtores rurais, pesquisa e produção e distribuição de alevinos (peixes recém-saídos dos ovos).
Somente em 2018, o Centro de Tecnologia em Piscicultura (CTP) da Secretaria de Agricultura, localizado na Granja Modelo do Ipê, produziu e distribuiu 257,2 mil deles. Essa produção, juntamente com cursos e demais atividades de capacitações ministradas, beneficiou 901 produtores rurais do DF e entorno.