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BRB lança linha de microcrédito e fecha parceria com a Sudeco
O Banco de Brasília (BRB) e o Plano Regional do Desenvolvimento do Centro-Oeste (PRDCO 2020-2023) da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), propõem-se a alcançar o mesmo objetivo: desenvolvimento regional. Por esse motivo, no último 6 de setembro, o Banco e a Superintendência fecharam parceria, em primeiro plano, para o lançamento da linha de microcrédito ACREDITAR, que tem como propósito ser um banco social.
A linha ACREDITAR Microcrédito BRB vem para marcar um novo papel para o banco. Oferecer serviços permeados por soluções financeiras e que poderão ser prestados com a devida assistência técnico-financeira para evitar a explosão da inadimplência, o Banco aposta no microempreendedorismo no Centro-Oeste. Serão liberados desde R$ 300,00 até R$ 15 mil, sendo que para o valor teto, os financiamentos serão liberados em ciclos. Essa linha terá a menor taxa mínima do mercado, 1,85%, e uma taxa máxima de 2,5%, a mesma dos bancos de fomento. Os prazos para pagamento variarão de dois a vinte e quatro meses e os recursos serão administrados pela subsidiária BRB Serviços, com uma diferença de custo que viabiliza o produto. Também virá com o menor prazo de liberação do mercado, quatro dias, e a garantia virá com a instituição de fundos de aval e grupo solidário. É com a criação do fundo de aval que a Sudeco está firmando a parceria, para dar musculatura às taxas de juros. O superintendente, Nelson Vieira Fraga Filho, explicou que o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) não compete com a linha de microcrédito, mas sim cria fundos para aplicação e gera uma alavancagem muito grande, “para cada um real investido, vinte e dois reais são viabilizados, a taxa de aval cresce e as operações se retroalimentam”, registrou o superintendente.
O consultor do BRB, Daniel Lopes, explicou que o founding do FCO permite a redução da taxa, pois o ACREDITAR tem, como diferenciais, “agilidade, praticidade e funcionalidade, atuando com entidades parceiras (agente de crédito) que serão os impulsionadores da atividade produtiva, gerando emprego e renda e com foco no cliente, sendo que o BRB apenas fará a ponte final com o empreendedor”, declarou. Para o cliente, o contato serão os agentes, que validarão os documentos e realizarão o cadastro. Eles também providenciarão a geração automática do limite de crédito e a abertura da conta corrente na agência de preferência do cliente, que só vai até a agência para assinatura e liberação do contrato. Para as entidades parceiras, foi desenvolvido um aplicativo em que o microcrédito será gerenciado, por onde as visitas ao local da atividade produtiva serão agendadas, os limites de crédito gerados, a conta corrente aberta e a informação se o contrato foi assinado e liberado. Há três meses, os agentes de crédito estão sendo preparados para acompanhar a evolução de quem receberá os créditos, para identificar os perfis e verificar a evolução da carteira, serão agentes autônomos que só serão devidamente remunerados na proporção que o Banco retomar os investimentos.
Nelson Fraga comentou sobre a importância do desenvolvimento de linhas de microcrédito, que “abre uma janela de oportunidades pois, como bem mapeado pelo BRB, as pessoas têm medo de banco e acham que só quem precisa de valores altos que consegue dinheiro. Medidas como a criação dessa linha atendem também o requerido pelo TCU, de os fundos constitucionais serem utilizados para microcrédito e concretizarem o desenvolvimento regional, o que facilita que o BRB possa vir a se tornar o banco de desenvolvimento do Centro-Oeste”, pontuou o superintendente.
O presidente do BRB, Paulo Henrique Bezerra R. Costa, saiu bastante entusiasmado do encontro, “foi uma reunião extraordinária, a Sudeco tem mostrado interesse em melhorar a distribuição de recursos do FCO por meio de uma administração aberta, focada em resultados, e o BRB tem trabalhado em conjunto com a Sudeco para cumprir o seu papel de banco de desenvolvimento. Na reunião de hoje, tratamos do microcrédito como um ponto central do trabalho, o BRB está lançando uma nova linha de microcrédito e espera, inclusive com a Sudeco, levar mais essa solução financeira ao Centro-Oeste inteiro, além disso discutimos outros assuntos, como a aplicação do FCO e do FDCO [Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste], também com belas oportunidades de aplicação de recursos e geração de emprego e renda, que ajudam na recuperação da economia do Distrito Federal”, resumiu Paulo Henrique