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Em entrevista à Fecomércio, superintendente fala sobre importância de planejar para desenvolver o Centro-Oeste
Em entrevista concedida à Fercomércio-DF o gestor da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Antônio Carlos Nantes de Oliveira, falou sobre diversos temas pertinentes à rotina administrativa da autarquia, como o processo de articulação com os governos estaduais e municipais, perspectivas para 2018 e melhora nas contratações pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Entre os maiores desafios, ele pontuou a necessidade de tornar a Sudeco verdadeiramente independente quanto aos aspectos administrativo e financeiro e de planejar ações com foco no desenvolvimento regional.
“Na prática, financeira e administrativamente, infelizmente, ainda há uma dependência da União pelo Ministério da Integração. No campo operacional, quando chegamos aqui, encontramos a Sudeco cuidando das emendas parlamentares, FCO e do FDCO, que são os dois fundos do Centro-Oeste. Entendemos que isso é muito pouco para uma autarquia do porte da Sudeco. E procuramos avançar um pouco mais, partindo da premissa de que tudo o que acontece na região tem que interessar à Sudeco, não só os dois fundos e as emendas”, explicou o superintendente.
Em relação ao bom desempenho do FCO em 2017, Antônio Carlos atribuiu às ações conjuntas da Sudeco e do Banco Brasil, que promoveram caravanas perto de 70 municípios, e a melhoras na economia nacional. “A Sudeco não só acompanhou, como fez viagens e visitas com reuniões como o Banco do Brasil faz. Seguramente, atingimos mais de cem municípios e 80% deles contam com mais capacidade de investimento. E isso, sem dúvida, ajudou na recuperação econômica”, destacou.
Quanto ao otimismo do mercado financeiro para 2018 e as vocações econômicas do DF, Antônio Carlos esclareceu que antes de ressaltar potenciais é preciso pensar em planejamento. “A falta de planejamento afeta de forma sequencial. Isso acontece no Centro-Oeste, onde há uma carência enorme de universidades. O que há de melhor aqui é o ensino pago. Voltamos à elitização (...). Não é culpa deste governo, nem do anterior. É de todos. Vimos perdendo a vocação para o planejamento e o atual não está acenando com nada”, afirmou.
Sobre a articulação com os municípios, ele informou que a Sudeco não dispõe de recursos próprios, apenas intermedeia convênios e pagamentos. “Quando o Ministério do Planejamento e o da Fazenda liberam os recursos, essas emendas passam por aqui e encaminhamos a liberação para o município e o estado”.
Segundo ele, no entanto, muito além de mera repassadora de recursos, a Superintendência tem buscado compreender as necessidades dos pequenos empresários e apoiar iniciativas para fomentar o setor produtivo. “O empresário urbano caminha com as dificuldades, principalmente neste momento em que passamos por uma grave crise (...). Temos acesso a uma agência do Banco do Brasil. Então, até para conseguir o FCO, esse empresário enfrenta dificuldade. Mas Taquaral, por exemplo, está neste grupo para onde o microcrédito será levado”, garantiu.
Questionado sobre a possibilidade de criação de uma Região Metropolitana do Distrito Federal, Antônio Carlos disse que o GDF e os municípios do entorno devem avaliar a viabilidade deste projeto. “A Ride hoje está estruturada legalmente, mas ela foi acontecendo, municípios começaram a se formar no entorno de Brasília. É preciso que o GDF e as municipalidades desses 19 municípios discutam isso juntos (...). É preciso considerar a Ride parte desse conglomerado urbano que está entre o DF e seu entorno. Isso vale para educação, segurança, saúde, tudo. Não basta aumentar efetivo, são necessárias ações coordenadas de todas essas atividades”, finalizou.
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