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Sudeco participa de workshop sobre aproveitamento de recursos hídricos
O servidor Kainã Ferreira participou do workshop Nascentes e Outros Conceitos Relacionados aos Recursos Hídricos, representando a Diretoria de Planejamento e Avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), na manhã desta quinta-feira (7). O objetivo do evento é promover o debate acerca do aproveitamento de recursos hídricos no Distrito Federal e entorno.
Organizado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF), o workshop também ajudou a esclarecer dúvidas conceituais da população e dos profissionais da área, entre eles geógrafos e engenheiros ambientais.
O presidente do Ibram, Aldo Fernandes, lembrou que a crise hídrica é reflexo da falta de planejamento do passado. "A crise hídrica começou lá atrás, com a ocupação desordenada do DF. Agora estamos colhendo os frutos desta falta de prevenção", afirmou.
Secretário-geral do Ibram, Luciano Roriz destacou a importância de falar sobre recursos hídricos, especialmente em tempos de seca e de crises nacionais no abastecimento de água. "É fundamental buscar políticas públicas para podermos solucionar problemáticas ligadas à água. Que possamos encaminhar, a partir deste encontro, muitas propostas para a Câmara de Compensação Ambiental
(referindo-se à Câmara Federal de Compensação Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente)
, criada para nos orientar quanto ao cumprimento da legislação ligada às questões de compensação ambiental.
O doutor do Instituto de Geociência da Universidade de Brasília (UnB) Luciano Cunha propôs soluções para a crise hídrica durante sua palestra sobre o trajeto subterrâneo da água no DF.
"Precisamos de modelos matemáticos para podermos ter maior conhecimento sobre a extração de água subterrânea. Temos grande possibilidade de reverter esta situação, mas a resolução não passa pela penalização de quem utiliza água de maneira inadequada atualmente. Não avançaremos com ações para tornar o usuário o vilão da situação. O componente ser humano é o centro do problema e o da solução também", analisou.
Na opinião do doutor, não há um problema natural de falta de água. "O que vivemos é uma crise de gestão hídrica. Falta controle sobre a vazão dos poços, que funcionam sem outorga ou com outorgas frágeis. Na nossa casa há fiscalização por meio do hidrômetro da Caesb ( Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal), porque não fazer o mesmo com os poços? Além disso, existe um abismo entre pesquisadores e órgãos governamentais, precisamos trabalhar juntos".
A apresentação foi seguida pela do também professor doutor da UnB Sergio Koide. Durante sua palestra, Koide corroborou as explicações de Cunha. "Precisamos monitorar o que está sendo retirado de águas subterrâneas. É preciso quantificar para fazer estudos da forma correta e poder simular o que realmente está acontecendo com as nossas bacias", finalizou.
Na parte da tarde, houve mais palestras, a apresentação do projeto Global Environment Fund, Fundo Global de Meio Ambiente em português, e uma mesa redonda entre docentes e técnicos.
O que é o Fundo Global de Meio Ambiente ?
O Fundo Global do Meio Ambiente (GEF) busca alcançar retorno financeiro investindo em empresas que promovam a eficiência energética e dos recursos e reduzam o uso de matérias-primas ambientais.
O GEF se associa a grandes empresas, cujos modelos de negócios fornecem eficiência energética. O Fundo já investiu mais de US $ 1,0 bilhão em instituições que operam no setor energético em todo o mundo.