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Fábrica que produzirá até 500 polpas de frutas por hora recebe incentivo da Sudeco
Representantes da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) participaram da inauguração de uma fábrica de polpas de frutas, em Luziânia (GO), na manhã desta quarta-feira (30). O projeto é fruto de uma parceria entre a autarquia, o Instituto Federal de Goiás (IFG) e a prefeitura municipal.
O objetivo é oferecer mais uma opção de renda aos produtores locais de frutas, que estão sendo capacitados para trabalharem também com polpas. Posteriormente, eles ainda poderão utilizar a estrutura da fábrica para fazerem suas próprias polpas.
O investimento inicial da Sudeco no projeto foi de R$ 266 mil. A verba foi repassada para a autarquia por meio de emenda parlamentar, destinada pelo deputado Célio Silveira. A Superintendência, por sua vez, desmembrou o recurso para o IFG, para que técnicos do instituto pudessem estruturar o projeto.
O coordenador-geral de Articulação, Planos e Projetos Especiais da Sudeco, Sérgio Magno, destacou a liberdade de execução que a Superintendência teve nesta iniciativa. "O deputado confiou no nosso trabalho e escolhemos juntos esta comunidade para ser atendida", afirmou.
Ele também ressaltou a importância dessa região para a autarquia. "O nosso superintendente tem olhado com muito carinho para as necessidades desta área, que para nós é um espaço prioritário, pertencente a Ride-DF (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno) ", ressaltou.
O PROJETO
A expectativa com a ação era possibilitar, inicialmente, a produção de cerca de 100 kg de polpa por hora. Após o apoio dos órgãos governamentais e do Instituto Federal, no entanto, houve expansão dessa previsão, passando para até 500 kg de polpa por hora.
A fábrica beneficiará diretamente cerca de 300 famílias vinculadas à cooperativa Cooperindaiá, além de produtores de todo o município. Caso tenham interesse, os empreendedores locais poderão participar do curso de capacitação e, após receberem a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vender as polpas.
O curso oferecido pelo IFB tem 100h de duração. Na primeira turma, foram formados 60 profissionais. A segunda já iniciou e tem conclusão prevista para outubro.
Rômulo Andrade, gerente de produção do campus do IFG de Luziânia, destacou ganhos com a instalação da fábrica. "Hoje os produtores teriam que usar liquidificadores caseiros para baterem as frutas e fazerem as polpas. Com essa instalação, eles conseguirão produzir em uma semana o que antes levariam um até um mês", finalizou.
PROCESSO DE PRODUÇÃO
As frutas entregues pelos produtores passam, inicialmente, pelas mesas de lavagem e de separação. Na terceira etapa, elas são pré-processadas e despolpadas (processo de retirada da polpa, descartando os caroços) quando necessário. Na sequência, vão para a embaladeira. A embaladeira é semi-automática, o que confere rapidez ao processo. Depois, as polpas vão para o armazenamento e, por último, para o transporte.
A intenção do IFG é aproveitar 100% das frutas, evitando desperdícios. Os resíduos dessa matéria prima, por exemplo, produzirão biogás, que será usado para gerar energia para os equipamentos do campo fabril e para uma cozinha do campus do Instituto Federal em Luziânia. Também foi construída uma cisterna no local, para captar e reutilizar a água da lavagem das frutas.