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Redução dos juros no plano safra estimula queda das taxas dos Fundos Constitucionais
A baixa dos juros para financiamentos do Plano Safra 2017/2018, anunciados pelo Governo em um ponto a menos em comparação às deste ano, poderá influir na redução das taxas dos Fundos Constitucionais FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste), FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) administrados pelo Ministério da Integração (MI), segundo economistas ouvidos durante a solenidade realizada no Banco do Brasil.
A liberação de R$ 190,25 bilhões para o Plano Safra 2017/18 constitui uma linha de crédito destinada ao médio e grande produtor, disponível a partir de julho, enquanto o FCO, FDE e FDO são destinados também a pequenos produtores rurais, que vêm tendo forte incremento nas tomadas dos financiamentos em comparação aos financiamentos empresariais.
Além de elevar o valor disponível para o financiamento, o Plano Safra 2017/18 terá juros menores, variando de 6,5% ao ano a 8,5% ao ano.
R$ 150,25 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização da produção, sendo que R$ 116,25 bilhões terão juros controlados e R$ 34 bilhões terão juros livres, que dependerão de negociação entre o produtor e a instituição financeira.
Já o valor destinado a investimentos é de R$ 38,15 bilhões. Desse valor, R$ 1,4 bilhão será para apoio à comercialização. Também serão disponibilizados R$ 550 milhões para Seguro Rural.
No último Plano Agrícola e Pecuário, o governo havia anunciado a liberação de R$ 202,88 bilhões, mas após contingenciamento, o valor caiu para R$ 185 bilhões.
O Planjo Safra, financiado pelo Banco do Brasil - que também é o principal agente financeiro do FCO, FDE e FDN - operará o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) com juros de 7,5% ao ano e contará com R$ 21,7 bilhões.
Já a taxa para os demais produtores será de 8,5% ao ano. No último Plano Safra, as taxas eram, respectivamente, de 8,5% para 9,5%.
Já o programa de Inovação Tecnológica (Inovagro) contará com R$ 1,26 bilhão, com limite de R$ 1,1 milhão por produtor, e taxa de juros de 6,5% ao ano.
O Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) passa a contar com R$ 9,2 bilhões, com taxa de 7,5% ao ano.
A taxa do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns terá taxa de 6,5% ao ano.
Em seu discurso, o presidente Michel Temer disse que o anúncio traz otimismo em relação ao futuro da agricultura brasileira e mostra o "compromisso inequívoco" do governo com o setor."