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Roda de conversa sobre o Outubro Rosa
Autoexame: um toque que pode salvar sua vida. Este foi o tema da campanha do Outubro Rosa desenvolvida pela Sudeco neste ano. E para celebrar o encerramento desta causa social, aconteceu nesta segunda-feira (31), às 15h, no auditório, Engenheira Anna Paula Rodrigues Sales, no 19º andar, ao lado do refeitório, um encontro, em que a servidora Suellen e Silva Vidal (GABSUP) contou sobre a sua luta contra o câncer de mama, as consequências pós-câncer e ressaltou a importância da conscientização sobre a doença.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o tipo mais comum, depois do câncer de pele, e também é o que causa mais mortes por câncer em mulheres. Somente neste ano, foram registrados cerca de 66.280 novos casos.
Suellen, que tem 36 anos, conta que foi diagnosticada em outubro de 2019, com câncer de mama e esta foi a primeira vez que falou abertamente sobre sua longa e difícil jornada contra a doença.
Sua história de resiliência e superação transcende a luta contra o câncer, pois além de receber esse diagnóstico, ela também descobriu uma gravidez inesperada.
“Eu e meu esposo tínhamos chegado de viagem e minha menstruação estava atrasada. Além disso, comecei a sentir um nódulo estranho na mama e como sou biomédica, soube que não era algo comum. Mesmo não tendo histórico familiar, corri para fazer os exames e algo me dizia que daria positivo para o câncer. Mas, quando meu exame de gravidez deu positivo também, meu chão se desmoronou, porque tinha um ser dentro de mim. Eu não lutaria só pela minha vida, mas também pela do meu filho.”, disse.
Para ela, a batalha da sua vida ganhou outra proporção ao descobrir que caso o câncer fosse agressivo, sua única saída seria interromper sua gestação, de apenas dois meses.
“Quando os médicos me disseram que meu câncer era hormonal e que se eu quisesse dar continuidade à gravidez, eu teria que fazer toda a retirada da mama, eu percebi que não tinha escolhas, já que todas vinham como um balde de água fria. Eu não poderia fazer os tratamentos convencionais como a radioterapia devido à gestação.”, explicou.
Mesmo após três anos, desde o diagnóstico do câncer de mama, ela afirma que sua luta pós-câncer ainda não chegou ao fim. Além disso, a servidora da Sudeco alerta as mulheres sobre os riscos que a negligência de não realizar o autoexame podem gerar.
“Eu não fazia o autoexame, porque na minha família não tinha casos de câncer de mama e esse foi um dos problemas. Eu não me tocava e não conhecia a minha mama, apenas realizava a mamografia anualmente. E é por isso, que estou conversando com vocês. Às vezes, achamos que esta doença está tão distante de nós e não é bem assim. A vida é um sopro, então, não espere sentir algo incomum para se cuidar.”, comenta.
Mariana Alves - Estagiária de jornalismo
Revisão Hellen Mendes