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Workshop Arranjos Produtivos Locais (APL) na Amazônia reúne variados setores na Sudam
Para dialogar sobre todos os aspectos que envolvem os APL´s como instrumento importante para o desenvolvimento regional da Amazônia, a Sudam, em parceria com o PNUD, a Faepa e o MIDR, promoveram o Workshop Arranjos Produtivos Locais (APL) na Amazônia Legal: Desafios e Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável no dia 3 de dezembro, de 8 às 17h.
Publicado em
04/12/2024 17h16
Esta terça-feira, 3, foi um dia inteiro de debates sobre os chamados APL´s, Arranjos Produtivos Locais na Amazônia Legal. Para dialogar sobre todos os aspectos que envolvem os APL´s como instrumento importante para o desenvolvimento regional da Amazônia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região, a Sudam, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) promovem o Workshop Arranjos Produtivos Locais (APL) na Amazônia Legal: Desafios e Estratégias para o Desenvolvimento Sustentável.
Foram quatro mesas com o objetivo de identificar os principais desafios e propor soluções para o desenvolvimento dos setores produtivos regionais, buscando contribuições para uma estratégia de fomento voltada aos APLs.
Após a mesa de abertura, a Sudam lançou seu mais novo produto, o Programa de Desenvolvimento Científico, Tecnológico e de Inovação da Amazônia (PDCTIA), cujo horizonte estratégico é de 2024 a 2027 e visa tornar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a inovação, forças propulsoras para a redução das desigualdades socioeconômicas na Amazônia Legal.
O PDCTIA busca fortalecer o ecossistema científico, tecnológico e de inovação regional, alinhado ao Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), exercício 2024-2027, no propósito de fortalecê-lo e nortear as políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na região, a partir da atuação de diferentes atores, articulando e agregando esforços na redução das desigualdades regionais e da promoção de desenvolvimento.
O evento, que reuniu instituições de ensino e pesquisa, entidades e órgãos públicos das diversas esferas, movimento social, empresários, médios e pequenos empreendedores, definiu o documento “Carta Compromisso pela Amazônia”, veja alguns trechos:
“Nós, como amazônidas e brasileiros, estamos cientes da importância estratégica da Amazônia para o desenvolvimento nacional e, diante desse fato, estamos comprometidos e empenhados na proposição e implementação de políticas públicas orientadas à conservação dos recursos naturais e ao desenvolvimento sustentável e inclusivo da região”.
A Carta faz a crítica ao modelo de desenvolvimento que acabou aprofundando desigualdades: “segue na primeira pessoa: “Fomos testemunha de que, pelo contrário, em várias ocasiões, os modelos de desenvolvimento adotados para Amazônia demonstraram corroborar com a devastação ambiental, a exclusão social, e o aprofundamento das desigualdades”.
E reivindica integração e inclusão de todos, a partir do conhecimento científico e reforço nas instituições: “Consideramos que, desta forma, a mudança no quadro econômico e social da região deve começar por uma maior integração entre os estados componentes e o Governo Federal, baseando-se no conhecimento científico e estando firmada no fortalecimento das instituições”.
Fala ainda do problema das mudanças climáticas: “Atualmente, temos visto a crescente vulnerabilidade da nossa região às mudanças do clima e suas consequências, sentidas como inundações, secas e incêndios em níveis anormais que impactam negativamente na segurança alimentar, na saúde, no acesso água potável, na qualidade do ar e na navegabilidade dos nossos rios”.
E reafirma que: A bioeconomia como oportunidade de grandes negócios, mas que precisa de alto valor agregado, o que exige “planejar a destinação de recursos e a expansão de investimentos em infraestrutura de produção, pesquisa, tecnologia e capacitação técnica, para ampliar a multifuncionalidade do setor primário da economia, perante a indústria de transformação e o fortalecimento de seus Arranjos Produtivos Locais”.
E deixa clara a intenção de se estabelecer a partir desse evento, um Fórum, “com o apoio de nossos parceiros estratégicos e em sinergia com os governos regionais e federal, um plano de trabalho com calendário de reuniões regulares, além de, se necessário, uma programação de oficinas, trocas de experiências e melhores práticas”.
E se coloca à disposição para a “elaboração de programas e projetos de cooperação técnica e outras iniciativas que permitam promover uma dinâmica de ação coletiva em prol da elaboração do Produto 3 do Projeto de Cooperação Técnica 21/005 Sudam – PNUD que visa ‘Elaborar estudo e diagnóstico dos setores produtivos para a construção de estratégias de fomento, com base nos instrumentos de desenvolvimento da SUDAM, para os APLs relacionados à sociobiodiversidade e às ações estratégicas do PRDA 2024- 2027’.
E finaliza reafirmando o compromisso da autarquia no trabalho em parceria com o PNUD: “Definir, por acordo mútuo, formas de colaboração na formulação, implementação, monitoramento e avaliação da Estratégia de Fomento de Arranjos Produtivos Locais a ser coordenada pela Sudam”.