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Sudam e Programa das Nações Unidas firmam parceria para promover desenvolvimento sustentável na Amazônia
A Sudam e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) firmaram parceria com o objetivo de ampliar a capacidade institucional da autarquia para promover desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão na Amazônia Legal, com foco na redução da pobreza e das desigualdades intra e interregionais. O projeto “Fortalecimento da Capacidade Técnica-Institucional da Sudam” pretende melhorar os mecanismos de governança e operação da instituição e realizar estudos sobre arranjos e cadeias produtivas que apoiem o desenvolvimento sustentável da região. Com prazo de quase três anos, prevê cerca de R$5 milhões em investimentos.
No cronograma do projeto estão previstas capacitações de servidores para formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas; capacitações em mecanismos de Parcerias Público-Privadas, em mecanismos de captação de recursos e de mensuração de impactos socioeconômicos de desastres naturais, entre outros. Também há previsão para elaboração, pelo PNUD, de uma proposta para o Programa de Ciência e Tecnologia para Amazônia, com a realização de diagnóstico, definição de objetivos, diretrizes de atuação, linhas de ação e indicação de projetos prioritários para a região amazônica. No mapeamento das cadeias produtivas da Amazônia Legal, serão identificados gargalos e aceleradores para implementar políticas públicas que fortaleçam essas cadeias.
O projeto Sudam-PNUD pretende a disponibilização de metodologias construídas de forma participativa. “A Sudam entende que essas iniciativas são fundamentais para o cumprimento de sua missão institucional de promover o desenvolvimento includente e sustentável da Amazônia Legal, por meio de planejamento, articulação e fomento, contribuindo para a redução das desigualdades regionais”, afirma a coordenadora-geral de Elaboração de Programas e Projetos Especiais da Sudam, Aline Dias.
A Amazônia Legal - que inclui os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão -, é o campo de trabalho da Sudam, autarquia federal criada com a missão de promover desenvolvimento regional. A região apresenta baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), sendo que o pior IDH do Brasil está no Arquipélago do Marajó, no Pará.
Para a coordenadora do Escritório Local de Projetos do PNUD no Pará, Vanessa Fernandes Gonçalves, promover desenvolvimento includente e sustentável da Amazônia Legal necessita do enfrentamento das desigualdades inter e intrarregionais presentes em todos os âmbitos da vida na região. “Os principais desafios do desenvolvimento apresentados por este projeto consistem na dinamização da economia regional, de forma inclusiva e ambientalmente sustentável, contribuindo para reduzir a pobreza e as disparidades regionais e intrarregionais, colocando a Amazônia no caminho da sustentabilidade”, afirma Vanessa Gonçalves.
Amazônia: um caldeirão de diversidades
Embora a floresta seja o principal símbolo da Amazônia, a região vai além: é uma mistura de diversidade étnica, cultural, social e econômica. Também sofre com a falta de infraestrutura e problemas socioambientais (arco do povoamento adensado, concentração de renda, conflitos agrários, desmatamento ilegal, entre outros problemas).
Conciliar sustentabilidade e desenvolvimento da Amazônia é um dos maiores desafios do Brasil na atualidade, porque significa a capacidade de aliar a necessidade de proteger a floresta e garantir o direito dos habitantes da região às mesmas oportunidades de cidadania que o restante do país: infraestrutura urbana, mobilidade, saúde, educação e desenvolvimento econômico. Ou seja, inclusão social.