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Centenário do escritor paraense Benedicto Monteiro
No dia 1 de março de 2024, o escritor paraense Benedicto Monteiro completaria 100 anos. Para celebrar esse centenário, a filha do escritor Duty Monteiro está programando uma série de eventos e publicações.
Publicado em
18/07/2023 10h45
Atualizado em
18/07/2023 10h51
No dia 1 de março de 2024, o escritor paraense Benedicto Monteiro completaria 100 anos. Para celebrar esse centenário, a filha do escritor Duty Monteiro está programando uma série de eventos e publicações. O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, passou a integrar o comitê gestor da programação das comemorações dos 100 anos de Benedicto Monteiro. O assunto foi tratado entre Paulo Rocha e Duty Monteiro em reunião na manhã desta segunda-feira, 17, na sede da Sudam, em Belém. Para a celebração do seu centenário, haverá ainda a reimpressão de alguns de seus livros, uma exposição itinerante, além do lançamento do filme documentário autobiográfico chamado Transtempo.
Benedicto Monteiro nasceu em 1º de março de 1924, em Alenquer, no Estado do Pará, fez o curso de humanidades no colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém, completando seus estudos de ginásio no Rio de Janeiro, onde cursou Direito na Universidade do Brasil, atual UFRJ. Ainda no Rio de Janeiro, exerceu o jornalismo na imprensa local e publicou seu primeiro livro de poesia "Bandeira Branca", pela editora Zélio Valverde (1945), prefaciado pelo escritor Dalcídio Jurandir.
Monteiro exerceu os cargos de promotor público, juiz e secretário de Estado. Foi eleito deputado estadual, tendo sido cassado em 1964, pelo regime militar instalado. Caçado nas matas de Alenquer pela ditadura militar, ficou preso e incomunicável por meses, sendo torturado e marginalizado da sociedade. Teve seus direitos políticos suspensos por mais de 10 anos.
Depois que saiu da prisão, dedicou-se ao exercício da advocacia agrária e à literatura, tendo publicado o livro "Direito Agrário e Processo Fundiário" e vários livros de poesia e ficção que constam de seus dados bibliográficos. O seu principal livro de contos "Carro dos Milagres" foi premiado pela Academia Paraense de Letras, e o romance "A Terceira Margem" recebeu o prêmio Nacional de Literatura da Fundação Cultural do Distrito Federal.
Mesmo enfrentando uma luta exaustiva contra o câncer, o escritor ainda hospitalizado conseguiu concluir e lançar o último livro, "O Homem Rio". Benedicto Monteiro faleceu no dia 15 de junho de 2008, logo após o lançamento de seu último livro.