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Comissão Combate às Desigualdades do Conselhão debaterá ações afirmativas para ampliar a inclusão para os cidadãos mais vulneráveis
Foto: Gil Ferreira/SRI
Nesta quinta-feira (27), durante instalação da Comissão de Combate às Desigualdades, do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) – o Conselhão – foi assinado um protocolo de ações conjuntas entre o Ministério da Igualdade Racial e o Banco do Brasil, com o objetivo de elaborar ações afirmativas para ampliar a inclusão e o acesso à serviços públicos de qualidade para os cidadãos mais vulneráveis, como pessoas pretas e pardas, mulheres, indígenas, e pessoas com deficiência, entre outros grupos.
No evento de instalação da Comissão criada para auxiliar na formulação de políticas públicas capazes de reduzir a injustiça social no país, foi exibido um vídeo de um discurso do presidente Lula, seguido de um discurso da vereadora Marielle, no qual ela falava sobre a importância de combater a desigualdade. O vídeo de Marielle no telão levou os participantes às lagrimas, em especial, sua irmã, a ministra Anielle Franco.
A Comissão de Combate às Desigualdades tratará de ações e políticas públicas específicas e efetivas voltadas aos grupos da população que continuam à margem da sociedade ou que vivem em condições precárias. O Conselhão será o catalizador de ideias, discussões e encaminhamentos concretos, envolvendo atores que trabalham na temática no âmbito do governo, da sociedade civil (conselheiros) e especialistas.
O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), destacou que a desigualdade no país tem raça, tem cor, tem gênero e, por isto mesmo, é com muita satisfação que essa comissão técnica tenha duas grandes ministras envolvidas. O ministro também fez questão de ressaltar a importância de, pela primeira vez na história, o Banco do Brasil ter uma presidenta à frente da instituição.
“O espírito dessa comissão é dar possibilidade de posicionamento de vários atores que são conselheiros e conselheiras do presidente para que o conjunto de temas e discussões cheguem ao presidente para que aconteça interações com políticas públicas do governo federal”, disse.
Para a ministra Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, o primeiro grande passo do governo para combater a desigualdade de gênero foi a criação do Ministério das Mulheres.
“Porque para enfrentar as desigualdades, nós temos que reconhecer que elas existem. Reconhecer que elas existem significa estabelecer elas como prioridades”, disse.
A ministra Anielle Franco, do Ministério da Igualdade Racial, ainda emocionada com a homenagem à Marielle, comemorou a instalação da comissão nesta quinta, data em que Marielle faria 44 anos.
“Hoje posso dizer que, com muito trabalho, listamos as emergências do ministério, como o direito quilombola à terra, a caravana juventude negra viva, olhar para a saúde e educação da população negra”, disse.
A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, comemorou a instalação da comissão e ressaltou a importância de ser numa semana tão simbólica com a celebração internacional do dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
“Para mim é uma honra assinar esse protocolo de intenção entre o Banco do Brasil e os ministérios. Essa parceria prevê apoio mútuo para ampliarmos ações afirmativas de raça e gênero, promovendo respeito à diversidade”, completou.