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Membros do Conselhão enxergam cenário otimista para economia
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O ambiente de negócios do Brasil é visto com otimismo pelo empresariado. Essa é a mensagem passada pelos membros do Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável - CDESS, que se reúne na manhã desta quinta-feira (27), no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Segundo Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional das Indústrias, um dos aspectos que contribuem para o otimismo é a criação da política Nova Indústria do Brasil, que programa do Governo Federal. “Depois de tantos anos, nós temos uma política industrial, que é a Nova Indústria Brasil, interagindo com o Governo Federal. Estamos otimistas, como temos que ser, e acreditamos que é o começo, já que há muito a se fazer. Estamos falando de um programa de R$ 300 bilhões em quatro anos. Há uma estrada longa, mas certamente temos muito a aprender com o que o agronegócio conquistou em 20 anos, de modo que a indústria possa conseguir em 20 meses chegar nessa mesma percepção de valor e entendimento de sua importância”, relata.
O empresário ressalta ainda o papel do Conselho como espaço para alinhamento e confluência de esforços entre Governo Federal e iniciativa privada. “Essa construção tem que ser coletiva, como no Conselhão, que é um fórum bastante adequado, para que possamos trocar ideias e mitigar possíveis entendimentos equivocados e assim construir uma conjuntura de convergência em que a primeira pessoa do plural seja a mais efetiva, ou seja, o ‘nós’. Pois não há país que tenha se transformado em nação conjugando o ‘nós’ e ‘eles’. Tá na hora do Brasil conjugar o ‘nós’”, ressalta o recém-empossado membro do colegiado.
Também empossado nesta quinta, o presidente da Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, Isaac Sidney, ressaltou o papel dos ministros Padilha e Haddad na condução da política do governo. “Estamos aqui para participar da reunião do Conselhão, que o ministro Padilha tem conduzido tão bem. Também numa demonstração que o setor privado, o empresariado, precisa dar sua contribuição. O ministro Haddad está bastante determinado na busca do equilíbrio fiscal, na busca do equilíbrio das contas públicas. Isso portanto é um ativo que o país precisa para que nós possamos ter juros estruturais mais baixos, para que possamos ter crescimento e políticas sociais de forma sustentável”, ponderou Sidney.
Na mesma linha de Alban, o executivo ratificou o papel do Conselho. “Então essa é a razão pela qual estamos aqui, para auxiliar ao Governo enquanto setor privado a encontrar e construir juntos caminhos para que o país possa enfrentar problemas capitais como juros altos e pouco crescimento, como algo que a gente pode fazer para ajudar o país”, disse.
Também conselheiro do órgão de consulta do presidente da república, Marcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA, ressaltou o crescimento do setor automotivo e os impactos do Programa MOVER, iniciado por meio de Medida Provisória e sancionado pelo presidente Lula na solenidade. “O mercado de automóveis cresceu 15% porcento, então é um crescimento importante. O Programa MOVER já está trazendo para o Brasil R$ 130 bilhões de reais de investimentos até agora, que foram anunciados. Sabemos que esse número ainda vai ser maior. Então é o maior investimento da história da indústria automobilística do Brasil. Além disso nós tivemos o Programa do Marco das Garantias, que é uma oferta de crédito importante para os consumidores e toda essas medidas que vem sendo tomadas tem resultado no aquecimento de mercado e em investimentos, que tem impacto na geração de empregos. Nos últimos meses, nós geramos mais de 30 mil empregos na cadeia do setor automotivo. São números importantes que demonstram que esses marcos regulatórios têm influenciado positivamente”, elucidou o empresário.
“Além disso, o setor vai investir mais de R$ 60 bilhões em pesquisa e desenvolvimento nos próximos anos. Isso que é uma contrapartida para estar dentro do Programa MOVER. É um cenário otimista. Temos questões que precisam ser superadas, mas no geral é um cenário otimista”, finalizou.