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Conselhão instala Comissão de Assuntos Econômicos com moção pedindo a queda de juros no país
- Foto: Washington Costa/MF
Foi instalada nesta segunda-feira (03) a Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS). O grupo vai reunir os mais diversos segmentos da sociedade para discutir e acompanhar os principais temas da economia do país.
Realizada na sede do Ministério da Fazenda, a reunião contou com a participação do ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, do secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy, e do secretário de Política Econômica da pasta, Guilherme Mello, além do secretário do Conselhão, Paulo Pereira, e de conselheiros e conselheiras que farão parte da Comissão.
Na avaliação deles, o primeiro semestre do ano foi positivo, com a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de manter o regime de metas no país. Além disso, há um ambiente positivo para que, ainda neste semestre, se consolide a pauta do governo federal no Congresso, com a votação do Marco Fiscal, e do esforço da Câmara para votação da Reforma Tributária.
O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou o quadro de recuperação do ambiente econômico no país.
“Os esforços feitos pelo Ministério da Fazenda e pelo governo de reorganização do orçamento público, de recuperação da capacidade de arrecadação, o esforço feito diretamente pelo presidente e por todo o governo, de reposicionamento do Brasil no mundo, e o trabalho feito pelo Congresso Nacional de aprovação do Marco Fiscal e de aprimoramento de várias medidas provisórias do governo anterior que nós conseguimos aprovar sem gerar impacto fiscal, sem gerar impacto negativo estimulando alguns setores de forma muito positiva”, disse.
Para o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, a perspectiva de crescimento do PIB para o ano de 2023 subiu substancialmente em relação à previsão inicial.
- Foto: Washington Costa/MF
“Hoje estamos mais próximo de um crescimento do PIB entre 2,5 ou 3% ao ano, do que o cenário do mercado, no início do ano, que era mais próximo de 1%”, destacou Mello.
O Secretário Extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, fez questão de destacar que a Reforma Tributária para o governo tem duas etapas. A primeira etapa, que está em discussão agora, é a que chamamos de Reforma da Tributação do Consumo, que são os tributos indiretos que incidem sobre produção e consumo de bens de serviços. A segunda etapa, que já está em construção, é a Reforma da Tributação da Renda e da Folha de Salários e, em paralelo, vão sendo promovidas mudanças na tributação do patrimônio.
“O objetivo da Reforma Tributária, nessas duas dimensões, é o mesmo: tornar o país mais justo, tornar o sistema tributário mais justo, do ponto de vista social regional e, segundo, aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira corrigindo distorções que existem hoje e que prejudicam o crescimento da economia brasileira”, disse.
Para a Conselheira Dirlene Silva, que é economista, fundadora e CEO da DS Estratégias & Inteligência Financeira e LinkedIn Top Voice, não é possível falar de desenvolvimento, sem falar de desigualdade.
“Sabemos a educação financeira é importante na vida de todas as pessoas, mas sabemos que na vida de quem tem poucos recursos, ela pode fazer ainda muito mais a diferença, porque aprender a gerir o pouco recurso que se tem, investindo em si próprio, no seu conhecimento, é a forma de aumentar o nível de renda”, disse.
O Conselheiro e empresário, Emerson Kapaz, levou para essa primeira reunião mais um tema extremante importante para o debate econômico, a sonegação.
“O setor que administro hoje, que é o setor de combustível, tem uma perda de 14 bi por ano em sonegação e 15bi em adulteração. Então, estamos falando aqui de um setor que tem perda de 29 bi de reais por ano”, destacou Kapaz.
O secretário do Conselhão, Paulo Pereira, finalizou o encontro destacando a importância da aprovação de duas moções já dessa Comissão de Assuntos Econômicos, são elas: Moção de apoio à carta que já estava circulando entre os Conselheiros pedindo o início do processo de redução dos juros, que até o início da reunião contava com 121 assinaturas e a Moção de apoio à Reforma Tributária.