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Evento do Conselhão debate indicadores referentes à desigualdade no país
Reunião promovida por Conselhão e Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades elucidou indicadores e apontou caminhos de atuação. Foto: Gilmar Ferreira/ASCOM/SRI
Aconteceu na manhã desta quarta-feira (28), no Palácio do Planalto, o seminário 'Desafios e perspectivas do combate às desigualdades sociais', que abordou os resultados do relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades. No evento, promovido pelo Conselhão em parceria com o Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, a Secretaria de Relações Institucionais foi representada pelo secretário-executivo do Conselhão, Paulo Pereira.
O governo Lula tem o combate às desigualdades como uma centralidade, então, como conselheiros, vamos poder debater e entender qual é o nosso papel." Neca Setubal
A participação de conselheiros no debate, que foi realizado de forma híbrida, teve papel fundamental para aprofundar as discussões relacionadas aos indicadores apresentados no relatório. Presencialmente, estiveram presentes as conselheiras Adriana Marcolino, Ana Carolina, Ana Inoe, Clemente Ganz, Caio Magri, Douglas Belchior, Elisa Wandeli, Fernando Guimarães, Neca Setubal e Victor Bicca. Diversos membros do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, além de representantes do Instituto Ethos, CEBRAP e Ação da Cidadania compareceram ao debate.
A conselheira Neca Setubal ressaltou a importância de analisar os dados para o avanço dos debates contra a desigualdade no âmbito do Conselhão. "Esse evento é muito importante para que a gente possa fazer com que o Conselhão se aproprie desses indicadores e a gente possa discutir qual é o papel do Conselhão em relação a esses dados. O governo Lula tem o combate às desigualdades como uma centralidade, então, como conselheiros, vamos poder debater e entender qual é o nosso papel. Quais as maneiras de contribuir para avançar no efetivo combate a essas desigualdades", pontuou Neca Setubal.
Sobre o Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades
Elaborado por um grupo de trabalho formado por diversas organizações que compõem o Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, com apoio técnico do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o relatório apresenta um conjunto de indicadores com o objetivo de construir uma linha de base que permita o acompanhamento contínuo e a comunicação transparente entre sociedade e governos sobre avanços e retrocessos em nosso quadro de desigualdades. O documento tem como escopo uma seleção de 42 indicadores, organizados em oito temas e compilados a partir de fontes de dados públicas e reconhecidas.
Segundo Tomas Wissenbach, do CEBRAP, após um ano de monitoramento dos indicadores, houve melhora em 44% dos indicadores. Um dos indicadores mais favoráveis ressaltou que houve uma redução considerável na extrema pobreza. O recuo foi de 40% e teve impacto mais positivo em mulheres negras. Outro indicador que apresentou um cenário de melhora diz respeito à taxa de desocupação no país, que caiu em 19%, reforçando a retomada dos empregos e o crescimento econômico.