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Governos discutem o revezamento da tocha no Mato Grosso do Sul
A capital sul-mato-grossense Campo Grande, recebeu na sexta-feira (25.09) a reunião para ajustes operacionais da passagem da Tocha Olímpica para o Estado. Representantes dos governos federal, estadual e de prefeituras se encontraram na Governadoria, no Parque dos Poderes, em Campo Grande, para determinar atribuições em áreas estratégicas para o sucesso do evento, como turismo, segurança e defesa, cultura e mobilidade.
No Mato Grosso do Sul, a tocha passará pelos municípios de Campo Grande, Dourados, Bataguassu, Itaporã, Ivinhema, Maracaju, Nova Andradina, Rio Brilhante e Sidrolândia. Ela pernoitará nas duas primeiras cidades.
De acordo com o ministro do Esporte, George Hilton, a passagem da tocha é uma oportunidade de demonstrar capacidade de gestão e organização de todo o país e daí vem a importância do encontro para ajustar as ações de todos os entes federados.
“Este é um grupo de trabalho interministerial, com representantes do Esporte, Cultura, Turismo, Justiça, Defesa e da Secretaria de Relações Institucionais. Também há grandes parceiros de estatais e atuação do Comitê Rio 2016. Os governos estaduais e as prefeituras são essenciais para a organização – e tenho certeza de que não há a mínima possibilidade de não dar tudo certo”, afirmou o ministro, na cerimônia de abertura da reunião. “A tocha inspira a necessidade de estarmos unidos. Somos maiores que qualquer crise econômica ou política. O esporte tem essa missão de unir e integrar. Neste momento, somos todos Brasil”, acrescentou.
Brasileiros serão protagonistas do Revezamento da Tocha Olímpica
“Tenho certeza de que o Brasil receberá a todos muito bem durante os Jogos. Não será diferente na passagem da tocha aqui no Mato Grosso do Sul. É algo simbólico, mas que tem um significado grande. Mostraremos a alegria e o espírito do povo sul-mato-grossense”, afirmou o governador do estado, Reinaldo Azambuja.
“Ontem realizamos a reunião de segurança pública e de logística. Hoje, temos várias áreas dos governos unidas aqui em Campo Grande. É importante dizer que a união de todos tem de ser maior que as diferenças para fazermos o mais belo e organizado evento de revezamento da tocha”, afirmou Otávio Noleto, da Subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.
“Essa chama é o símbolo de um momento sagrado para os gregos, que paravam as guerras para que os atletas se encontrassem. Nossa ideia é aproveitar essa simbologia para mostrar nossos municípios para o mundo”, disse o general Marco Aurélio Costa Vieira, representante do Comitê Rio 2016 na reunião.“As operações estão montadas para o mínimo de gasto para os municípios. Precisamos deixar um legado de valores, respeito, educação para que possamos envolver crianças e adultos de todos o país”, completou.
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, ressaltou que o estado executará a tarefa com empenho. “A capital e as outras oito cidades cumprirão seu dever”, disse o prefeito.
Série de reuniões
O revezamento da Tocha Olímpica no Brasil terá início em Brasília, no dia 3 de maio de 2016, e percorrerá cerca de 20 mil quilômetros, em comboio rodoviário, por mais de 300 municípios brasileiros. O final do trajeto será no Rio de Janeiro, no dia 4 de agosto, véspera da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
A discussão em Campo Grande faz parte de uma série de reuniões preparatórias nas capitais brasileiras. Aracaju,Goiânia, Florianópolis, Maceió e Salvador já receberam o encontro. Este modelo foi utilizado com sucesso durante a preparação para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. Na reta final antes do evento, as 12 cidades-sede receberam um total de 185 reuniões de planejamento operacional, em iniciativa que mobilizou 29 órgãos do governo federal, 90 órgãos locais e cerca de 2.200 gestores.
Bolsistas do estado
A abertura da reunião contou com a presença de atletas sul-mato-grossenses bolsistas do governo federal. Layana Colman (judô), Michele Ferreira (judô paralímpico), Rafael Moreira (judô de cegos) e Yeltsin Jacques (atletismo paralímpico). Em 2015, 121 atletas nascidos ou domiciliados no estado foram contemplados com o Bolsa Atleta, em um total de R$ 1,6 milhão de investimento do Ministério do Esporte.
“Nós, atletas brasileiros, estamos muito focados na preparação para os Jogos Olímpicos, mas o principal é o que fica para crianças e jovens: o legado, a estrutura e a vontade de participar da próxima edição das Olimpíadas”, disse Layana Colman, ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim (China) e terceira colocada no Mundial Sub-18 de 2013 na categoria até 52kg.
O judoca Rafael Moreira recebeu do ministro do Esporte um certificado por ser beneficiário do Bolsa Atleta desde o início do programa, em 2005. Naquele ano, 975 atletas foram contemplados, com investimento de R$ 13,2 milhões. Em 2015, o programa alcança 6.093 atletas, de modalidades olímpicas e paralímpicas, com previsão de investimento de R$ 81,6 milhões – esse valor não inclui a categoria Bolsa Pódio e beneficiados dos esportes não olímpicos.
Fonte: Brasil 2016