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Leilão de aeroportos garante R$ 4,2 bilhões de arrecadação para o Governo Federal
Leilão de aeroportos garante R$ 4,2 bilhões
O resultado do leilão dos 12 aeroportos, realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), nesta sexta-feira (15), na Bolsa de Valores de São Paulo, B3, vai render ao Governo Federal uma arrecadação de R$ 4,2 bilhões ao longo de 30 anos, que é o prazo de concessão estabelecido. Desse total, R$ 2,377 bilhões – incluindo o lance mínimo e o ágio ofertado – serão pagos à vista na assinatura do contrato.
Os blocos Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste foram arrematados com ágio total de R$ 2,15 bilhões em relação ao lance mínimo de R$ 218,7 milhões estabelecido no edital. “Esta foi a nossa primeira rodada de concessão de aeroportos no modelo em blocos, implementado pelo PPI, e foi bem-sucedida. Superou todas expectativas e deixou claro o interesse dos investidores importantes e de grandes operadores internacionais nos aeroportos brasileiros, declarou o Secretário Especial do PPI, Adalberto Vasconcelos
O Bloco Nordeste, formado pelos aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Aracaju (SE), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE), foi arrematado pelo consórcio AENA Desarrollo Internacional SME S.A. por R$ 1,9 bilhão, com ágio de 1.010% em relação ao lance mínimo inicial, de R$ 171 milhões.
Os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé/RJ, que compõe o Bloco Sudeste, foram arrematados pelo consórcio Zurich Airport Latin America LTDA., com ágio de 830,1% em relação ao valor inicial de R$ 46,9 milhões. O grupo ofereceu R$ 437 milhões pelos dois terminais.
Já o Bloco Centro-Oeste, composto por Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos no no Mato Grosso, foi arrematado pelo Consórcio Aeroeste, formado pelas empresas Socicam Terminais Rodoviários e Representações LTDA e Sinart Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico LTDA. O grupo pagou R$ 40 milhões pelos quatro aeródromos, com ágio de 4.739% em relação ao lance mínimo inicial de R$ 800 mil.
Os terminais licitados representam 9,5% do mercado doméstico e atendem quase 20 milhões de passageiros ao ano. De acordo com ministro da secretária de governo, Santos Cruz, o governo federal tem que estimular a iniciativa privada, “temos que diminuir a influência do Estado e expandir essa facilidade de produção para a parte privada. Significa que a crença no setor privado, na economia e no Brasil está num bom momento para começar de novo a caminhar com passos um pouco mais largos”, afirmou.
A 5ª rodada de concessões de aeroportos contou com a concorrência de 9 consórcios habilitados. O certame teve início às 10h e foi concluído às 11h48, após 55 minutos de disputa de lances em viva voz.