Notícias
Segov
País precisa de credibilidade para desenvolver em privatizações, diz Santos Cruz
O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Santos Cruz, participou do talk show “Desestatizações no setor elétrico: distribuidora federalizadas, o papel do BNDES e parceiros institucionais”, na última sexta-feira (08), no Rio de Janeiro (RJ).
Ao lado do presidente do Banco, Joaquim Levy, do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente do TCU, José Múcio e da secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia (MME), Marisete Pereira, o ministro da Segov falou sobre a importância de se resgatar a confiança de um país que está “traumatizado pela corrupção”. Para Santos Cruz, a única maneira de se obter êxito é com “transparência e publicidade”.
Durante o primeiro painel “Distribuição de Energia Elétrica, Desenvolvimento e Mercados”, o ministro destacou ainda os três principais aspectos para que o investidor tenha certeza de onde investir: qualidade técnica, segurança jurídica e honestidade. “É surpreendente a qualidade do nosso quadro de servidores públicos. É possível acreditar que nossos projetos tenham qualidade técnica. O BNDES é um exemplo de centro de qualidade técnica”, ressaltou.
Em um breve balanço dos primeiros dias à frente da pasta, Santos Cruz acredita que o problema do País não é a falta de recurso, e sim, a má conduta administrativa e moral. “A sensação que tenho com um mês de governo é de que entrei em um lugar que foi assaltado”, disse. Para amenizar o prejuízo, o ministro aposta em um estado não perdulário e num governo que valorize a democracia e se interesse pela qualidade dos serviços que presta à população.
Sobre o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)
Na segunda etapa do evento, o secretário especial do PPI, Adalberto Vasconcelos, destacou o papel de qualificação da prioridade dos empreendimentos, bem como a atuação no Conselho Nacional de Desestatização, ambos realizadas pelo PPI, vinculado à Secretaria de Governo.
Vasconcelos afirmou que o Brasil necessita crescer e, para isso, precisa de infraestrutura. No entanto, o secretário ressaltou que o cenário atual no País é de que “investimos pouco e mal”. São investidos atualmente cerca de 1,5% do PIB em infraestrutura, ao passo que deveria ultrapassar os 5%. “Precisamos de previsibilidade, projetos mais robustos e estabilidade para atendermos as demandas do mercado”, concluiu. Mesmo com o cenário pouco rentável, em dois anos e meio, o PPI qualificou 193 projetos e entregou 124. Ainda existem mais de 100 projetos em fase de prospecção.
Participaram do segundo painel “Desestatização das Distribuidoras federalizadas”, representantes da Oliveira Energia, Equatorial, Energisa, BNDES, ANEEL, Eletrobrás e Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento.