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12.09.2015 - Investimentos federais estimulam formação em rede de produtores agroecológicos do Mato Grosso do Sul
A história de sucesso do cultivo e comercialização de produtos orgânicos de Olácio Komori, agricultor familiar em Glória de Dourados, no Mato Grosso do Sul, se soma ao sucesso de mais outras 150 famílias sul-mato-grossenses que integram a Associação dos Produtores Orgânicos do estado (APOMS).
A rede coordenada por Olácio foi criada em 2000 e hoje reúne agricultores familiares de 16 municípios do Mato Grosso do Sul - produtores de cafés, frutas, hortaliças e mandioca - que em comum reafirmam a preferência pela sustentabilidade e o não uso de agrotóxicos. Segundo Olácio, a produção é compensadora e o estímulo parte, principalmente, dos consumidores locais. “Há uma comprovação clara de que a produção orgânica compensa. Muitas pessoas deixam de comprar de outros produtores para optar pelos alimentos mais saudáveis em feiras livres. Nós temos um diferencial na qualidade e os consumidores sentem isso”, explica.
Em 2003 a baixa nos preços do principal produto comercializado pela propriedade de Olácio, o café, desacelerou a produção e desmotivou muitos dos agricultores familiares do sudoeste do Mato Grosso do Sul. A decisão de acessar o financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) trouxe uma nova possibilidade de investimentos ao produtor Olácio, que também é técnico em agropecuária. Com o investimento de dez mil reais, uma agroindústria foi montada no sítio Santa Cecília, que do cultivo do grão passou também a moer, embalar e vender o café ao consumidor final, aumentando o faturamento e eliminando intermediários neste processo.
Mais investimentos
Este ano a propriedade de Olácio Komori foi contemplada com recursos do edital de fortalecimento de redes agroecológicas em comunidades rurais. Os investimentos são oriundos do programa Ecoforte, que integra o primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).
A partir do investimento social do Ecoforte, que terá a duração de até dois anos, o próximo passo para a associação coordenada por Olácio Komori será investir na instalação de dez unidades de referência que servirão como salas de aula para capacitação de novos produtores e para o desenvolvimento de tecnologias agroecológicas. A proposta é que também sejam instaladas unidades de comercialização e produção de mudas para estimular a recomposição ambiental das propriedades familiares.
Recentemente a APOMS, que também atua no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal, recebeu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a certificação de produção participativa.
Marília Marques-Ascom/SG
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