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10.09.2015 - Opção pela agroecologia é determinante no sucesso da produção de alimentos em Roraima
Nos dias 16 a 18 de setembro, o Seminário Dialoga Brasil Agroecológico vai promover um diálogo entre o governo federal e a sociedade civil para a elaboração do 2º Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) para o período 2016-2019. O debate vai ser feito a partir da proposta da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo) e terá um momento para troca de experiências e um balanço das políticas de estímulo à agroecologia postas em prática por meio da execução do Planapo I.
A partir desta quinta-feira (10/09) até a véspera do seminário, acompanhe no site da Secretaria-Geral, alguns casos de sucesso de produtores que optaram pela agroecologia:
Opção pela agroecologia é determinante no sucesso da produção de alimentos em Roraima
A baixa produtividade do solo nas terras do sítio Vila Verde, em Pacaraima, em Roraima, poderia ser um mau presságio para Toni Macuglia, agricultor familiar gaúcho, que em 1983 deixou a agricultura convencional, com uso de agrotóxicos, no Rio Grande do Sul, para aderir ao cultivo agroecológico na nova propriedade na Amazônia. Mas a dificuldade não durou muito. A decisão acertada do produtor de abolir o uso de defensivos e investir em formas naturais para aumentar a fertilidade do solo transformou a vida da família e gerou um novo negócio: a empresa Orgânicos Trigenros. Hoje o sítio exporta a produção para Venezuela e conquistou a classificação de pequena empresa, com produção semanal de seis toneladas de frutas e hortaliças cultivadas naturalmente.
As amoras, jabuticabas, bananas e mais de vinte variedades de hortaliças são cultivadas por Toni em quatro hectares do sítio, que em 2010 recebeu do Ministério da Agricultura o selo de produtor agroecológico. O agricultor se orgulha da produtividade da terra e comemora o cultiva dos produtos de modo sustentável e natural. “Nosso processo é inovador já que usamos tecnologias sustentáveis de aproveitamento do solo, da água e sem tóxicos. Não aplicamos defensivos, apenas adubação orgânica”, explica. Toni Macuglia acrescenta ainda o porquê da decisão: “não vale a pena contaminar o meio ambiente nem o ser humano. Quero meu consumidor para toda a vida e sem enfermidades. Já aprendi que um solo sadio significa planta sadia e consumidores sadios”.
A história de Toni é um dos inúmeros casos que ilustram o sucesso da produção agroecológica e orgânica no Brasil. O estímulo a esta produção se deve também à implantação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), construída de modo participativo e instituída pela presidenta Dilma Rousseff em agosto de 2012.
Como resultado da Pnapo, foi elaborado o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo I), com sete diretrizes e 14 metas. O objetivo é promover o desenvolvimento rural sustentável, estimular a produção de alimentos saudáveis e garantir a conservação dos recursos naturais. Com investimento inicial de R$ 8,8 bilhões, as ações do Planapo I envolvem cerca de dez ministérios.
Dividido em quatro eixos – produção, uso e conservação de recursos naturais, conhecimento e comercialização e consumo – as políticas públicas estimuladas pelo Planapo I contribuíram efetivamente para a história de sucesso da propriedade de Toni Macuglia e de tantos outros produtores que optaram por cultivar alimentos ainda mais saudáveis.
Marília Marques – Ascom/SG
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