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02.10.2015 - Brasil Sem Miséria e Cisternas dão certo porque são construídos com participação social
Brasília – A participação da sociedade civil foi uma das principais inovações das políticas públicas implementadas pelo governo federal nos últimos 12 anos, como o Plano Brasil Sem Miséria e as cisternas. Esses são dois dos quatro programas voltados à redução da pobreza que estão abertos a sugestões da população na plataforma Dialoga Brasil. Os secretários do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) Arnoldo de Campos (Segurança Alimentar) e Tiago Falcão (Superação da Extrema Pobreza) comentaram as principais propostas sobre cada área em um bate-papo online nesta quinta-feira (1º).
Durante a conversa, o secretário Tiago Falcão destacou que o Plano Brasil Sem Miséria, criado em 2011, cumpriu todas as suas metas porque contou com a participação social, por meio de diálogos com a sociedade civil e de ferramentas construídas pelo MDS para o acompanhamento das políticas nos estados e municípios. “O Plano Brasil Sem Miséria só teve sucesso porque foi construído e aperfeiçoado com a população”, destacou Tiago.
E foi também graças à articulação e à parceria com organizações da sociedade civil que mais de 1,2 milhão de famílias conquistaram o acesso à água de qualidade por meio do Programa Cisternas. Ao comentar a proposta de universalização do acesso à água no Semiárido, Arnoldo de Campos ressaltou o apoio da população e das entidades para que esse direito seja garantido.
“Quando fazemos juntos, fazemos melhor, com menos recursos e mais excelência. Acredito muito na parceria com a sociedade”, disse ele, destacando que as ações e programas “não podem parar enquanto todas as famílias não tiverem acesso à água potável”. “Estamos promovendo a convivência com o Semiárido. Vamos deixar no passado o registro das mulheres carregando lata de água na cabeça e andando longas distâncias todos os dias.”
Além disso, o secretário destacou a entrega de mais de 120 mil tecnologias sociais de apoio à produção. “O Semiárido é um lugar rico, produtivo, que contribui para o desenvolvimento do país. Estamos trabalhando para fortalecer os sistemas produtivos na região”, disse.
Mais inovação – Outra inovação das políticas públicas brasileiras, reforçou Tiago Falcão, é a ação de Busca Ativa. Segundo ele, o Estado brasileiro não se acomodou à espera das pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Por meio da Busca Ativa, cerca de 1,5 milhão de famílias do campo, da floresta, das cidades foram encontradas e incluídas no Bolsa Família”, disse o secretário. Ao mesmo tempo em que começam a participar do programa, essas famílias passam a ter acesso a outras ações que utilizam o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “É um instrumento poderoso para dar visibilidade e promover o acesso da população mais pobre aos serviços públicos”, contou.