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26.07.2015 - Jovens catadores de materiais recicláveis enxergam nova perspectiva de futuro
Fonte: Naiara Pontes/Ascom
O dia-a-dia de Jéssica Soares, 19 anos, e de Marcos Pereira, 21 anos, jovens catadores de materiais recicláveis em Sobradinho (DF), se assemelha na rotina de separação do lixo durante o dia e de estudos à noite. Filhos e netos de catadores, os dois trabalham na Cooperativa de Reciclagem Ambiental (Cooperdife), que faz parte da Rede Alternativa, conveniada ao programa Cataforte, do governo federal, coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República.
Há mais de dois anos Marcos Pereira concilia os estudos na faculdade de Administração com o trabalho na cooperativa. Com o financiamento obtido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), também do governo federal, o jovem encara o trabalho de coleta e separação do lixo como essencial para a manutenção de seus estudos, mas transitório. Segundo Marcos, “existe um tabu na sociedade que o catador não tem tempo e por isso não pode pensar no futuro”. O jovem afirma ainda que terminar o curso é prioridade: “quero, sim, sair daqui e tirar minha mãe, mas isso não interfere no fato de eu achar que o catador é alguém digno, que batalha e consegue seus direitos”.
A história de Jéssica também reflete uma nova geração de catadores, com pais e avós trabalhando na coleta e separação de lixo, mas que busca outros caminhos para melhorar a renda e a vida, por meio dos estudos. A jovem trabalha há um ano no lixão de Sobradinho, ao lado da mãe, da avó, tias e primas, ainda não ingressou em um curso superior, mas pretende cursar Direito em uma universidade pública. Jéssica enfatiza o orgulho que sente do trabalho que realiza: “o catador ganha em cima do que as pessoas acham que não compensa, mas este é o meu sustento e o da minha família, além de ser uma grande ajuda ao meio ambiente”.
A Cooperdife coleta, recicla e vende 30 toneladas de material por semana, e os catadores recebem por mês uma média de 1,2 mil a 2 mil reais. A cooperativa adota a economia solidária como meio de produção, por isso o faturamento coletivo se converte em renda, meio de sobrevivência e expectativas de melhoria de condições de vida para seus 32 trabalhadores.
Cataforte
Coordenado pela Secretaria-Geral, o programa Cataforte, iniciado em 2009, está em sua terceira etapa, com foco na estruturação de redes de cooperativas e associações. De 27 a 30 de julho, trabalhadores das redes de cooperativas associadas ao programa participarão do curso de capacitação para elaboração do plano contábil. O objetivo é contribuir para que estas redes solidárias se tornem aptas a prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis.
Marília Marques/SG
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