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15.07.2015 - Começa em Brasília a 18ª Cúpula Social do Mercosul
Publicado em
15/07/2015 11h12
Atualizado em
17/07/2015 11h14
Foto: Naiara Pontes/SG
Por um Mercosul mais integrado, participativo e ativo começou nesta terça-feira (14/07) a 18ª Cúpula Social do Mercosul, realizada no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Esta edição da Cúpula encerra a presidência Pro Tempore do Brasil no Mercosul, e tem por tema “Avançar no Mercosul com mais integração, mais direitos e mais participação”.
A abertura reuniu mais de 600 pessoas de diversos países do bloco e da América Latina, e contou com a presença dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Nilma Gomes (Promoção da Igualdade Racial), além dos representantes da sociedade civil Clareana Cunha, do Conselho Nacional de Juventude, Nalu Farias, da Marcha Mundial das Mulheres, e Antônio Alberto Jara, da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul.
“Recebemos com muito carinho todas as delegações e representações que chegam ao nosso país. Nosso governo e nosso povo os recebe com muita alegria”, saudou Rossetto, em sua fala inicial, acrescentando que o “Mercosul é uma conquista da democracia regional, e a presença de todos dá vida e força a essa democracia, que é a expressão da integração que queremos”.
Para a Cúpula, dois pontos foram destacados pelo ministro: o fortalecimento do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que é “um grande fundo de investimentos que representa um compromisso comum dos países com a superação das desigualdades que temos na região, para a construção de um espaço com mais oportunidades de infraestrutura e dinamismo social”.
O segundo ponto ressaltado por Rossetto foi a atualização da Declaração Sócio-Laboral do Mercosul, “que é um compromisso com uma realidade cidadã e um ambiente de trabalho qualificado, um espaço de direito ao trabalho, de qualidade nas relações trabalhistas, previdenciárias, e do direito à organização social de toda a região”.
Já o ministro Mauro Vieira lembrou que em 2015 o Mercosul completa 24 anos como a mais abrangente iniciativa de integração latino-americana, valorizando o comércio, mas também a cidadania, a cultura, a educação, o desenvolvimento sustentável e o combate à exclusão social. “As conquistas sociais do Mercosul não são mais apenas dos Estados, elas formam uma plataforma de direitos e garantias que representam o cimento da integração, e é com base nessa realidade que vamos enfrentar os desafios que encontram diante de nós”, afirmou Vieira.
A década internacional dos afrodescendentes, segundo a ministra Nilma Gomes, leva à reflexão sobre a participação social no Mercosul, que possui três eixos: reconhecimento, justiça e desenvolvimento. Neste sentido, acrescentou a ministra da Promoção da Igualdade Racial, “meu desejo é que nessa Cúpula do Mercosul, que é síntese da nossa diversidade, as decisões nos direcionem rumo à consolidação da nossa democracia, à superação do conservadorismo, e a superação de qualquer desigualdade”.
Dentre os representantes da sociedade civil, Clareana Cunha saudou os movimentos sociais presentes, frisando o momento especial na integração do Mercosul, “enquanto irmãos pertencentes a uma única nação, os filhos da Pátria Grande”. Nalu Farias, por sua vez, destacou o desafio da construção de uma articulação que seja capaz de representar e expressar a pluralidade dos países do bloco, “fruto do colonialismo que tentou nos homogeneizar, e precisamos visibilizar, dar vozes e fazer conhecer toda nossa diversidade”.
O secretário geral da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul, Antônio Jara, lembrou os motivos da entrada do movimento sindical no bloco. “Não estamos no Mercosul que gostaríamos, estamos no Mercosul que existe, e se estamos aqui, é para transformar este processo de integração para que as políticas públicas regionais nos levem a ter mais integração, mais democracia e mais participação”, afirmou o sindicalista.
A 18ª Cúpula Social do Mercosul continua até o dia 16 de julho no CICB com atividades e painéis, e conta também com uma programação cultural paralela.
Bruno De Vizia - Ascom/SG
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