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25.02.2015 - Secretário Nacional de Juventude media debate sobre políticas de inclusão social nas cidades
Foto: Liz Pires/SG
As formas de ocupação dos espaços nas cidades e as políticas que o Estado pode desenvolver para atender a essa demanda da sociedade foram o tema do painel “Meios de Vida e Inclusão Social na Cidade”, mediado pelo secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, nesta quarta-feira (25/02), em Brasília (DF). A mesa integra o Seminário Nacional Habitat III Participa Brasil, que visa construir, de forma colaborativa, o relatório que será apresentado pelo governo federal, em 2016, na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III.
Na ocasião, Gabriel afirmou que o tema tem bastante relação com a juventude, que reivindica ampliação de direitos e mais acesso à mobilidade urbana, à educação, à cidadania e a espaços de cultura e lazer. “Os resultados da política de inclusão social e redução da pobreza fizeram com que surgissem novos desejos e novas necessidades nos jovens da cidade”, reconheceu o secretário. “Este seminário inaugura uma agenda que pretendemos trabalhar para fazer análises mais profundas. Precisamos pensar cidades mais humanas, onde a cidadania possa fluir”, disse Medina.
Os debatedores apresentaram um perfil das principais carências das cidades brasileiras e dados sobre o alcance das políticas públicas de inclusão. O evento, realizado no auditório do Palácio do Planalto, conta com a participação de representantes de municípios de todas as regiões do país.
O assessor especial do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Fernando Kleiman, afirmou que o governo prioriza a chegada de políticas públicas a quem mais precisa, ressaltando que o Estado deve assegurar mecanismos de inclusão dessas pessoas. Kleiman também apresentou um balanço do programa Brasil Sem Miséria e citou como desafios a elaboração de novas ações e o planejamento de novas formas de operação.
Laís Abramo, diretora do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), disse que o trabalho é uma poderosa via de inclusão social. “Mas não é qualquer trabalho que encerra essa possibilidade”, ressaltou.
Para Renato Meirelles, autor do livro Um País Chamado Favela e presidente do instituto Data Popular, “combater a segregação de raça, de idade, de escolaridade e de gênero é fundamental para a ocupação das cidades”.
O resultado das análises e das propostas feita no seminário serão incluídas no relatório que o Brasil apresentará, em 2016, na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III, que acontecerá no Equador. Todos os países-membros da ONU estão em fase de elaboração dos relatórios que deverão embasar uma tomada de decisão global sobre os rumos do desenvolvimento urbano nos próximos 20 anos.