Notícias
27.08.2015 - Bolsa Atleta incentiva o desenvolvimento e ajuda a alcançar sonhos, dizem atletas brasileiros
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
O Bolsa Atleta chega aos dez anos com resultados expressivos dos atletas brasileiros em diversas competições. Mais importante do que isso, é uma promoção de oportunidades e um incentivo ao desenvolvimento dos atletas. A atleta Joice Silva conquistou o primeiro ouro do Brasil na luta olímpica, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Beneficiária do Bolsa Atleta, destacou que o incentivo foi importante na decisão para seguir no esporte. “No início da carreira, quando tive que decidir entre continuar a treinar ou procurar emprego, a bolsa foi fundamental para eu decidir ser atleta e lutar pelos meus sonhos”, afirmou.
Após começar no atletismo há apenas um ano e meio, o paratleta Petrucio Ferreira estreou na competição internacional quebrando recordes nos 100 e 200 metros. Para ele, os resultados obtidos foram possíveis graças ao Bolsa Atleta, que recebe desde que começou a treinar. “É um grande incentivo que ajuda o desenvolvimento dos atletas, que permite boa alimentação e compra de materiais que não teria condição de adquirir sem o auxílio”, comentou.
O paratleta, Guilherme Costa, 23 anos, começou no tênis de mesa em 2008, seis meses após ter sofrido um acidente que o deixou paraplégico. Dois anos depois, já competia internacionalmente. Em seu segundo Parapan-Americano, subiu ao pódio duas vezes. Ele trouxe para casa uma medalha de bronze, na categoria individual, e uma de ouro, na competição por equipe.
Para ele, que também é bolsista, o auxílio é fundamental para se dedicar ao esporte e buscar resultados melhores. “Um atleta precisa viver para isso. A bolsa proporciona que eu vá para a competição e só pense no tênis de mesa, sem me preocupar em tirar dinheiro do patrocínio que não existe”, disse.
Já a paratleta de tênis de cadeira de rodas Natália Mayara Costa, 21 anos, também ajudou o Brasil na conquista do primeiro lugar do quadro de medalhas no Parapan. “Quando comecei no esporte, nunca imaginei que competiria profissionalmente e representaria o Brasil”, afirmou. Ela conquistou duas medalhas de ouro.
Segundo Natália, o auxílio do governo permite que ela se dedique exclusivamente ao esporte. “Hoje em dia para viver do esporte tem que abdicar de muita coisa. A bolsa vem com esse papel de manter uma base para o atleta, enquanto ele se dedica ao que ele faz”, enfatizou.
Foi em Toronto que o nadador Thiago Pereira, outro bolsista, ganhou sua 23ª medalha em Pan-Americano e se tornou o maior vencedor da história da competição. “Foi um Pan mais que especial para mim ao me tornar o maior medalhista da história de todos os jogos. Meu quarto Pan consecutivo. E também para o Brasil que passa a ter representante dentro desse recorde de medalhas”, ressaltou.
Ele acrescentou que a Bolsa Atleta, que recebe há dez anos, traz tranquilidade para se dedicar ao esporte. “Para muitos de nós, é [importante] não ter a preocupação fora do nosso esporte. A gente doa 100% do nosso tempo”, completou.
O também nadador Guilherme Guido, que ganhou medalha de prata nos 100 metros e ouro no revezamento medley, destacou o incentivo do governo para que os resultados positivos continuem. “Importante continuar o investimento que o governo está fazendo e a gente vai continuar dando o máximo para buscar o pódio”, garantiu.
As 141 medalhas conquistadas pelos atletas brasileiros no Pan-Americano e as 257 conquistadas pelos paratletas no Parapan, em Toronto, no Canadá, mostram a superação dos competidores e credenciam o Brasil a brigar pelo pódio nos jogos Olímpicos e Paralímpicos, no Rio 2016.
Campanha brasileira
O Brasil encerrou a participação nos jogos Pan-Americano de Toronto em terceiro lugar no quadro geral de medalhas. Nesta edição, os brasileiros conquistaram 41 medalhas de ouro, 40 de prata e 60 de bronze, totalizando 141. Em primeiro e segundo lugares ficaram os Estados Unidos com 265 medalhas (103 ouros, 81 pratas e 81 bronzes), seguidos do Canadá, com 217 (78 ouros, 69 pratas e 70 bronzes).
O Ministério do Esporte tem, ainda, dois convênios ativos com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O primeiro deles, de R$ 38 milhões, é destinado à preparação e treinamento de seleções permanentes em 16 modalidades. O outro convênio, de R$ 1,8 milhão, foi destinado a propiciar a participação da missão brasileira nos Jogos Parapan-americanos de Toronto 2015.